No Ceará, Bolsonaro diz que vai responder críticas de adversários com obras

Em sua quinta visita ao Ceará, o presidente da República, Jair Bolsonaro, a pedido de Capitão Wagner (PROS), afirmou que vai responder os ataques de adversários com obras e feitos de seu Governo. Durante um breve discurso no município de Jati, no Cariri, onde esteve para acionar os equipamentos de liberação das águas do São Francisco para o Cinturão das Águas, obra estadual com recursos federais em construção há anos, o chefe do Poder Executivo fez críticas às gestões do Partido dos Trabalhadores (PT), acenou para o eleitorado cearense e disse que a vacinação contra a Covid-19 não é obrigatória.

O presidente abriu seu discurso afirmando que a falta de água não é mais um problema para o Nordeste, destacando não ser fácil comandar a Presidência da República, mas que é “gratificante” quando se tem pessoas competentes de seu lado. Segundo ele, nos 14 anos de governos petistas a Petrobras teve um prejuízo de R$ 900 bilhões, enquanto que a Transposição do Rio São Francisco custou R$ 14 bilhões. “Aquilo mal administrado ou desviado daria para fazer 50 transposições do Rio São Francisco. Olha o atraso que o Brasil enfrentou há pouco tempo”.

Segundo disse, a partir de agora, não vai mais reagir às provocações, mas responder com realizações do Governo. A falta de divulgação das ações da gestão tem sido uma das reclamações de ministros próximos de Jair Bolsonaro. Segundo o presidente, enquanto as pessoas forem “obrigadas a ficar em casa por outras autoridades”, a Presidência atendeu os mais necessitados com o auxílio emergencial “que representou 15 anos de Bolsa Família”.

“Até o ano passado, o Bolsa Família pagava em média R$ 190, e desde dezembro, o Auxílio Brasil paga, no mínimo, R$ 400. O Governo sempre esteve ao lado de vocês. Toda e qualquer vacina foi comprada pelo Governo Federal. Disponibilizamos de forma não obrigatória, porque é direito de cada um de vocês. Jamais o Governo Federal vai exigir passaporte vacinal. Não entraremos nesse detalhe, mas queria apenas dizer que o Governo gastou R$ 700 bilhões para combater a pandemia”, pontou.

O presidente voltou a dizer que sua filha tem sangue cearense, já que o pai da primeira-dama, Michelle Bolsonaro, é natural do Crateús. “Hoje, dificilmente uma família não tem um nordestino em seu quadro. Eu sou de São Paulo, e a cidade que mais tem nordestinos é São Paulo. Vocês fazem parte do destino do nosso País. O Brasil é nosso”, disse.

Veja trecho do discurso do presidente Bolsonaro:

Estiveram presentes à solenidade, além de ministros e assessores do presidente, os deputados Capitão Wagner (PROS), Dra. Silvana (PL), Dr. Jaziel e o vereador de Fortaleza, Carmelo Neto (Republicanos). Wagner e Carmelo Neto já haviam estado com o presidente Bolsonaro, na parte da manhã, no Estado de Pernambuco.

O deputado federal Capitão Wagner foi escalado para fazer a abertura da solenidade, e durante seu pronunciamento não poupou críticas à gestão da Segurança Pública no Ceará. Pretenso candidato ao Governo do Estado, ele fez menção à chacina ocorrida na noite de segunda-feira (07) em Juazeiro do Norte, assim como o atentado ao deputado André Fernandes (PL) e o assassinato de um blogueiro em Fortaleza.

Militância

“A gente vive no Estado mais violento do Brasil. Num Estado em que o Governo é muito rico, mas o povo é muito pobre. O povo tem brigado em caminhão de lixo para pegar comida para sobreviver. Enquanto o Governo Federal envia matérias para o Congresso para dar mais liberdade econômica, o Estado do Ceará todo dia cria uma taxa nova”, apontou o deputado.

Capitão Wagner chamou Jair Bolsonaro de “estadista” e propôs que ele respondesse aos ataques de adversários com feitos do Governo. “A gente vai defender os feitos do Governo Federal não só no Ceará, mas em todo o Brasil. Cada ataque que vier, venha de onde vier, que seja respondido com feitos deste Governo. Que o senhor use essa capacidade de militância para divulgar todas as ações do Governo, que em outubro ficará muito mais fácil”, disse.

Veja discurso do deputado federal Capitão Wagner: