Deputados, Enel e Governo do Estado participam de reunião na manhã desta terça-feira (22). Foto: ALECE.

O presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão (PDT), e outros deputados, estiveram reunidos na manhã desta terça-feira (22) para encontrar uma solução para o impasse entre a empresa Enel e os provedores de Internet, diante o impasse sobre cobrança de taxa para aluguel de postes.

Após a reunião, a distribuidora de energia recuou, temporariamente, de aumentar o valor cobrado, o que agradou as partes envolvidas.

“A Enel recuou e admitiu publicamente que a nota não era exatamente do jeito que eles imaginavam. E a segunda é que a Assembleia conseguiu constituir um grupo de trabalho envolvendo Arce, Enel, provedores e a própria Assembleia para que a gente possa discutir a realidade do censo que a Enel está fazendo e as propostas que eles tem a apresentar de modificação de tarifas”, disse o deputado Acrísio Sena (PT), que tem acompanhado o desenrolar da discussão.

A reunião desta manhã foi mediada pelo presidente do Legislativo, deputado Evandro Leitão, e contou com a presença da assessora especial do Governo do Ceará, Janaína Farias, e da diretora executiva da Abrint, Alessandra Lugato.

Acrísio Sena destacou a importância do diálogo e lembrou que a cobrança imposta pela Enel colocaria em risco mais de 500 empresas no Ceará. “A cobrança pode inviabilizar a prestação dos serviços dos provedores e impactar negativamente na população mais pobre.”

Apesar de ter questionado o trabalho da Assembleia Legislativa, uma vez que uma CPI de sua autoria, contra a Enel, não foi instalada, o deputado Delegado Cavalcante (PTB) reconheceu o trabalho da Casa e do presidente da Mesa Diretora. O parlamentar também se comprometeu com a pauta defendida pelos provedores de Internet do Ceará.

“Vamos continuar conversando com o pessoal dos provedores, que gera quase 100 mil empregos no Estado. A Assembleia já deu oportunidade para a Enel não abrindo uma CPI de nossa autoria. Ela quer cobrar R$ 70 por caixa de transmissão e isso iria quebrar 70% dos provedores, e o recado foi dado. Essa empresa é uma concessão do Estado e precisa se comportar dentro do que rege as concessões”, disse Cavalcante.