Deputado afirmou que a reforma foi responsável pelo aumento do desemprego e das condições precárias para os trabalhadores. Foto: ALECE.
Durante sessão ordinária realizada na Assembleia Legislativa do Ceará, nesta sexta-feira (04), o deputado Acrísio Sena criticou a reforma trabalhista aprovada e vigente no País. O parlamentar, assim como o presidenciável Lula, defende que a medida seja revogada, uma vez que trouxe prejuízo para os trabalhadores.
“Fui sindicalista, ex-presidente da CUT, e nunca vi algo tão desastroso como esta reforma, promulgada em 2017, pelo então presidente Michel Temer. Estamos juntos com o presidente Lula pela abolição dessa famigerada reforma”, disse ele, citando a Espanha como referência, pois está realizando uma contrarreforma, com revalorização dos acordos coletivos por intermédio dos sindicatos.
Segundo lembrou, o País europeu tem inibido contratos de curta duração, revogado modelos de terceirização, aprovado benefícios para os trabalhadores e revendo a flexibilização das leis trabalhistas. O parlamentar destacou ainda que, passados mais de quatro anos desde a aprovação da reforma, o Brasil, segundo o IBGE, segue registrando recordes de desemprego, subemprego e trabalho informal, além da volta da fome.
“São 13 milhões de desempregados e quase 45% de informais. A reforma esvaziou o papel da Justiça do Trabalho e vai comprometer todo o sistema de aposentadoria”, afirmou Acrísio Sena.
Em seu pronunciamento, o petista também citou falas do pré-candidato ao Governo do Estado, Capitão Wagner (PROS), em que teria se referido ao Ceará como um estado de “governo rico e povo pobre”.
Para Acrísio Sena, o posicionamento de Wagner é “mais uma demarcação estéril, sem números, nem comprovações, e nem debates sobre os rumos do Estado. “Ele omitiu dados importantíssimos em sua publicação, como o fato comprovado de o Ceará ser o estado que mais investe em políticas públicas para população vulnerável, e ser o estado que mais reduziu a extrema pobreza em todo o Brasil”, disse.
