No ano passado, a esposa de Capitão Wagner, Dayany Bittencourt (toda de preto), filiou-se ao Republicanos, mas pode ingressar no União Brasil. Foto: Divulgação.

O deputado federal Capitão Wagner (PROS) dá como certo o comando da direção do União Brasil no Ceará, partido formado a partir da fusão do Democratas (DEM) e o Partido Social Liberal (PSL). Caso o parlamentar se confirme como presidente da nova legenda, as implicações diretas ocorrerão na composição de PSDB, Republicanos e PROS do Estado.

O parlamentar afirmou ao Blog do Edison Silva aguardar apenas definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para levar seu grupo político para a nova legenda. No fim do ano passado, o presidente nacional da futura agremiação, Luciano Bivar, esteve em Fortaleza e garantiu que a sigla seria comandada no Ceará pelo deputado federal.

A ideia é que, no primeiro momento, deputados e pretensos candidatos ao pleito de 2022 ingressem na legenda. Vereadores que vão postular vaga na Assembleia Legislativa ou na Câmara Federal só devem migrar para o novo partido durante a chamada “janela partidária” em março próximo. “Estamos aguardando apenas o TSE formalizar a legenda. Depois disso, devemos filiar o pessoal lá. Quem tem mandato, só poderá ir na janela. Quem não tiver, vai antes”, disse.

Boa parte do grupo político aliado a Capitão Wagner, que hoje está filiado ao PSDB, deve seguir para o União Brasil. Dentre eles estão o prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa; o deputado federal Danilo Forte; a deputada estadual Fernanda Pessoa; e o ex-prefeito de Maracanaú, Firmo Camurça. Assim como Argemiro Sampaio, que foi prefeito de Barbalha. Há conversas avançadas com o deputado estadual Nelinho, atualmente filiado à sigla tucana.

Outros que devem seguir para a sigla são: deputado estadual Soldado Noélio (PROS), Pastor Pedro Ribeiro, Felipe Mota, que é chefe de gabinete da Prefeitura de Caucaia, além de outros. Na Câmara Municipal de Fortaleza, o grupo aliado a Capitão Wagner é formado pelos vereadores: Márcio Martins, Sargento Reginauro e Julierme Sena, todos filiados ao PROS. Alguns deles pretensos candidatos ao pleito deste ano.

A esposa de Capitão Wagner, Dayany Bittencourt, que se filiou ao Republicanos em 2021, também deve se filiar ao União Brasil, o que deve afetar a aliança entre a legenda comandada no Estado pelo vereador Ronaldo Martins e o grupo de Wagner, já que Martins contava com os possíveis votos de Bittencourt para tentar eleger o maior número de deputados federais do Republicanos para o Congresso Nacional.