Ofício foi enviado ao Ministério da Saúde. Foto: Roque de Sá/Agência Senado.

O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Trabalho (MPT) oficiaram, nesta quarta-feira (19/01), o Ministério da Saúde para que a Pasta solucione, em até cinco dias, o “apagão de dados” referente à pandemia. No Ofício, o Ministério Público pede que o Governo Federal dê a devida publicidade a indicadores como número de casos confirmados e óbitos por Covid-19, dados de hospitalizações e percentual da população vacinada. A justificativa de MPCE, MPF e MPT é que a divulgação dos indicadores é essencial para que se saiba o tamanho real da nova onda de contaminações provocada pela variante ômicron.

No Ofício, o Ministério Público destaca que, “mesmo diante de tão grave cenário epidemiológico, o Ministério da Saúde enfrenta dificuldades para manter a divulgação dos dados da pandemia de forma linear e constante em virtude das oscilações recorrentes nos sistemas da Pasta”. O “apagão de dados” gera, para os órgãos ministeriais, incertezas no que tange à fidedignidade dos dados, o que impacta diretamente nas estimativas do contexto epidemiológico, que permanecem prejudicadas pela subnotificação das infecções, e nas medidas adotadas pelos gestores e autoridades da saúde.

No documento enviado ao Ministério da Saúde, MPCE, MPF e MPT também reforçaram que a Pasta, apesar de ter afirmado que reestabeleceria plenamente os sistemas, não atualizou os dados, que, por conta disso, permanecem defasados.

Assinam o ofício o promotor de Justiça e coordenador do Centro de Apoio Operacional da Saúde (CAOSAÚDE), Eneas Romero; a procuradora de Justiça e coordenadora auxiliar do CAOSAÚDE, Isabel Pôrto; a titular da 137ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, promotora de Justiça Ana Cláudia Uchoa; a titular da 138ª Promotoria de Justiça de Fortaleza, promotora de Justiça Lucy Antoneli; a procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho no Ceará, Juliana Garcia; a procuradora do MPT/CE, Mariana Ferrer; e os procuradores da República Alessander Sales, Nilce Rodrigues e Ricardo Magalhães.

Fonte: site do MPCE.