Para o Legislativo, Domingos Filho diz que o PSD/Ceará pretende eleger oito deputados estaduais e cinco federais. Foto: Divulgação.

O presidente do Partido Social Democrático (PSD) no Ceará, Domingos Filho, afirmou ao Blog do Edison Silva que a legenda mantém o interesse em disputar vaga na chapa majoritária pela base governista, sendo ele o nome indicado internamente para o cargo de vice-governador.

Antes, em declarações publicadas em outros órgãos, Domingos havia dito que não tinha interesse em ser o que já foi. Ele foi vice-governador no segundo mandato de Cid Gomes. A legenda também tem intenções ambiciosas para as casas legislativas, pretendendo eleger até oito deputados estaduais e cinco federais.

O dirigente disse avaliar com naturalidade a filiação de 12 prefeitos ao Partido dos Trabalhadores (PT), em ato ocorrido na quinta-feira (13) em Fortaleza. No entanto, afirmou que existem outros critérios para atestar a predominância partidária de uma legenda em determinado território. De acordo com ele, alguns podem fazer pelo número de deputados, número de eleitores por Município e não somente pela quantidade de prefeitos.

Com o ingresso de 12 prefeitos ao PT, a sigla petista desbancou o PSD da segunda posição e ficou com 29 gestores municipais em todo o Estado, logo atrás do PDT, que tem atualmente 62. De acordo com Domingos Filho, seu partido, assim como os demais, está se organizando para as eleições majoritárias e proporcionais. As definições devem estar organizadas até março, prazo final para filiações, e estruturação de candidaturas a deputados federais e estaduais.

As candidaturas majoritárias, por sua vez, devem ser definidas no prazo das convenções partidárias. “Temos um horizonte de termos cinco deputados federais e oito estaduais. Nas majoritárias nossa pretensão é, tendo o PT indicando o governador Camilo Santana para o Senado, e o PDT o candidato a governador, naturalmente a briga do PSD e demais partidos que compõem a aliança, será para a vice-governadoria”.

De acordo com ele, há posição definida dentro do PSD que o nome indicado pela legenda para o cargo seja o dele próprio. “Isso é uma posição definida em relação ao partido. Mas toda e qualquer especulação a essa altura dos acontecimentos, não passa de especulação”, afirmou.

Ainda segundo Domingos, com exceção do nome do governador Camilo Santana ao Senado, todos os demais cargos estão no processo de se especular. “O PDT tem quatro pré-candidatos, mais o nome do Cid (Gomes). É natural que todos os partidos procurem os caminhos que acham mais adequado para estar presente”.

Questionado sobre a filiação de 12 prefeitos ao PT, o dirigente afirmou que não é apenas a quantidade de prefeitos que define uma força política e lembrou que quando Camilo Santana foi escolhido candidato a governador em 2014, o PT era a quarta força política no Estado no número de gestores municipais. Ele disse ainda que quando Inácio Arruda foi definido como nome ao Senado, em 2010, o PCdoB possuía apenas cinco prefeitos.

“Isso não tem sido o critério. Claro que é ponderado, mas não é só esse o critério. Até porque precisa analisar não só o número de prefeitos, mas de população representada. Quando se olha a população representada por todos os partidos, verá que o PSD continua sendo a segunda maior força”, afirmou. “Outro partido vai dizer que tem o maior número de deputados, outro de vereadores. São ponderações que o resultado das candidaturas nas últimas eleições no Ceará não levaram em conta”.

“Acho legítimo que todos os partidos procurem ocupar o melhor espaço. Não vejo nada de ilegítimo, nada demais que os partidos se movimentem, cada qual com suas estratégias para poder se posicionar em suas eleições. Também tenho absoluta convicção de que nada se resolverá nessa altura. Muitas são as variáveis, especialmente que temos em todas as eleições uma certa ponderação nacional. Se o Ceará tem um candidato a presidente da República, essas coisas são levadas em consideração” – (Domingos Filho)

Domingos afirmou ainda que o PSD está mantendo “diálogos francos” com o senador Cid Gomes e com o governador Camilo Santana, que segundo ele, terão responsabilidade de administrar esse processo de acomodação dos aliados. “O PSD pleiteia a vaga de vice, evidente que sim, sem discordar que os diversos outros partidos da composição possam pleitear a mesma coisa”.