Devido ao aumento de casos de Covid, a direção do partido decidiu realizar solenidade pelas redes sociais. Foto: Divulgação.

Pretenso candidato a presidente do Brasil, o cearense Ciro Gomes anunciou na tarde desta sexta-feira (14) a realização da convenção nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT), de forma on-line, pelas redes sociais, na próxima sexta-feira (21) para, dentre outras coisas, anunciar o lançamento oficial de sua pré-candidatura à Presidência da República.

Por conta do aumento dos casos de Covid-19, havia uma incerteza sobre a realização presencial do evento ou seu adiamento.

“Olá, Brasil amado. Na próxima sexta, dia 21, o PDT fará sua convenção nacional, a primeira Online de um partido. O nosso PDT é assim, sempre inovando. Será o pré-lançamento da nossa candidatura. Vocês vão gostar dos discursos e da nova cara da pré-campanha pelo projeto nacional de desenvolvimento. Conto com vocês”, escreveu Ciro Gomes em publicação feita no início da tarde.

Mais cedo, o pedetista fez uma série de críticas ao presidente Jair Bolsonaro, comparando o chefe do Poder Executivo federal ao ex-presidente da República e atual senador por Alagoas, Fernando Collor de Mello.

Ciro disse que quem acompanhou os últimos momentos do Governo Collor, percebe as semelhanças com a gestão de Bolsonaro. “Mesmo a mais forte diferença – não cair por impeachment – não os separa, pois forças diversas estão lhe impondo uma cassação lenta e irreversível”.

“Igual a Collor, Bolsonaro está sendo asfixiado, sem perceber, por seus próprios aliados. O centrão, que já tomara as rédeas do Congresso, vai aos poucos tomando as áreas de comando de todo o governo. A rasteira em Guedes é capítulo importante. Não será surpresa se na ampla mudança no ministério que virá, Bolsonaro tente camuflar a capitulação final alardeando, como fez Collor, um “ministério de notáveis”. Será a tragédia se repetindo como comédia“, ironizou.

Ainda de acordo com Ciro, assim como ocorreu com Collor, Bolsonaro pode não ser candidato à reeleição. “Destruído político e fisicamente, sem nenhuma chance eleitoral, o destroçado presidente teria, assim, seus direitos políticos simbolicamente cassados pela sociedade”, afirmou.