Parlamentares ligados às pautas bolsonaristas têm se posicionado contra o projeto do prefeito Sarto. Foto: Reprodução/Instagram.

A vereadora Priscila Costa (PSC) tem se posicionado como a principal articuladora contra a obrigatoriedade da apresentação do passaporte da vacina em órgãos públicos da Prefeitura de Fortaleza. A parlamentar, através de suas redes sociais, convocou seus apoiadores a comparecerem na Câmara Municipal, na quarta-feira (15), para “lotar” a sede do Legislativo da Capital cearense, em protesto contra o projeto do prefeito Sarto.

A matéria foi lida na semana passada, e durante discussão na comissão mista, no dia 8 de dezembro, teve pedido de vista feito por Márcio Martins (PROS), Ronaldo Martins (Republicanos) e Jorge Pinheiro (PSDB).

Desde então, o projeto não foi discutido no colegiado, o que deve ser feito nesta terça-feira (14). Após aprovação pelo grupo, a proposta deve seguir para apreciação no Plenário Fausto Arruda.

“Dia 15 precisamos lotar a Câmara de Fortaleza”, disse a vereadora em suas redes sociais em publicação sobre manifestações na Espanha contra o “passaporte da injeção”, conforme se referiu. Na terça-feira da semana passada, Priscila Costa comandou audiência pública que ficou marcada por críticas à vacinação e foi denominada pelo vereador Gabriel Aguiar (PSOL) como um “congresso dos antivacina”.

O vídeo do encontro foi retirado do ar pelo YouTube, por conter fake news sobre a Covid-19.

Outros vereadores também têm se posicionado contra a obrigatoriedade do passaporte de vacinação, a maioria deles alinhados com as ideias do presidente da República, Jair Bolsonaro. Julierme Sena (PROS) fez enquete em suas redes sociais para saber o que o eleitorado achava da proposta. Já Sargento Reginauro (PROS) questionou o fato de o projeto não incluir o transporte público entre os ambientes para exigência do documento. “O vírus é seletivo?”, questionou.

O projeto do prefeito Sarto já recebeu 12 emendas e busca obrigar a apresentação do “passaporte de vacinação” em todos os órgãos públicos da Prefeitura por servidores, colaboradores e usuários. Haverá, porém, especificidades para atendimentos de saúde e ingresso em unidades de ensino. De acordo com a matéria, o dia 20 de dezembro seria a data inicial para a exigência.