Autor da proposta, Luiz Henrique, justifica a medida afirmando que as festividades podem aumentar os riscos de contaminação por Covid-19. Foto: ALECE.

A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou o projeto de Indicação do deputado Apóstolo Luiz Henrique (PP), que proíbe a realização das festividades de Carnaval em 2022 em todo o território do Estado. A medida, agora, deve ser encaminhada ao Poder Executivo, que pode acatar ou não a proposta.

No entanto, nas últimas semanas, o governador Camilo Santana demonstrou ser simpático à ideia e tem se posicionado contra festas que gerem aglomerações tanto no Réveillon quanto no Carnaval. O chefe do Poder Executivo, inclusive, cancelou edital para o período carnavalesco, bem como para a realização das peças teatrais da Paixão de Cristo do próximo ano.

De acordo com o projeto de sugestão aprovado pela Casa, fica proibida a realização das festividades de carnaval em 2022 no Estado do Ceará, bem como a realização de quaisquer festas, blocos carnavalescos ou eventos de pré-carnaval, em ambientes abertos ou fechados, promovidos por iniciativa pública, no período em que seria celebrado o evento, em razão da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do novo coronavírus.

A proposta destaca, ainda, que o Executivo deverá regulamentar como se daria tal proibição, com as devidas punições em casos de descumprimento da norma. Como se trata de uma Indicação, caso Camilo Santana tenha interesse no texto, ele encaminha um projeto do Governo versando sobre o assunto para a Assembleia.

Em justificativa, Apóstolo Luiz Henrique afirma que, embora seja importante economicamente, o Carnaval é uma festa gratuita, realizada em espaço aberto à toda população, sem limite de capacidade de público, o que pode aumentar os riscos de contaminação. “O controle da pandemia escapou ao alcance dos serviços de saúde, nosso receio é que uma festividade com essa magnitude possa gerar um novo surto de pessoas infectadas e não estaremos preparados com número de leitos para restabelecer os quadros clínicos”, disse.