Crianças e adolescentes brasileiros com deficiência e transtornos globais do desenvolvimento correspondem a 7,3% da população de 7 a 14 anos. Foto: Marcel Ávila/Prefeitura de Pelotas-RS.

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados debate nesta segunda-feira (13) boas práticas de educação inclusiva nas redes públicas de ensino.

O debate foi solicitado pelo deputado Felipe Rigoni (PSB-ES).

Na avaliação do parlamentar, os avanços recentes nos marcos normativos nacionais e internacionais para proteção e promoção dos direitos educacionais de pessoas com deficiência não foram acompanhados no mesmo ritmo por políticas de educação efetivas e capazes de garantir, no âmbito de todas as redes de ensino, o acesso, a permanência, a participação e a aprendizagem desses estudantes.

Rigoni destaca que o Governo Federal apresentou como sua única prioridade legislativa na área educacional para o biênio 2021-2022 a proposta de regulamentação da educação domiciliar no Brasil.

“Para crianças e adolescentes brasileiros com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e superdotação/altas habilidades, que corresponde a 7,3% da população de 7 a 14 anos, a proposta é especialmente preocupante, pois pode significar a volta ao paradigma de segregação que marcou a relação de nossa sociedade com pessoas com deficiência, indo na contramão dos ganhos acadêmico e socioemocionais para todos os estudantes já apontados pelas melhores evidências científicas”, afirma.

Foram convidados para o evento:
– o fundador do Instituto Rodrigo Mendes e representante da Coalizão Brasileira pela Educação Inclusiva, Rodrigo Mendes;
– a secretária municipal de Educação de São Cristóvão (SE) e Presidente da Undime SE, Quitéria Lúcia Araújo de Barros;
– a diretora de Educação Infantil do CEU – CEI Evanir Hilário – São Paulo (SP), Keit Cristina Anteguera Lira;
– a professora do atendimento educacional especializado na Prefeitura Municipal de São Paulo, Talita Delfino;
– o professor de Educação Física, autodefensor da Federação Brasileira de Síndrome de Down e vice-diretor de Comunicações da Associação Reviver Down, João Vitor Mancini Silvério; e
– o mestrando na Universidade Católica do Salvador (UCSal), Matheus Martins de Oliveira.

Fonte: Agência Câmara de Notícias.