Jorge Pinheiro disse que a discussão sobre o projeto foi adiada para que a mensagem fosse aprimorada. Foto: CMFor.

Após pressão feita por vereadores da bancada conservadora na Câmara Municipal de Fortaleza, o prefeito Sarto resolveu retirar de pauta o projeto de Lei que versa sobre a obrigatoriedade da apresentação do “passaporte de vacinação” para ingresso em órgãos da Prefeitura.

De acordo com alguns parlamentares, a medida poderá retornar no próximo ano com alterações sugeridas pelos parlamentares.

Nas últimas duas semanas, vereadores alinhados com as pautas do presidente Jair Bolsonaro pressionaram a gestão, nas redes sociais e na tribuna da Casa, para que o texto não fosse votado.

Conforme o Blog do Edison Silva mostrou, a vereadora Priscila Costa (PSC), que tem encabeçado as ações contra a proposta, havia convocado para esta quarta-feira (15) manifestações de seus apoiadores contrários ao passaporte de vacinação.

Durante reunião conjunta das comissões de Constituição e Justiça e Saúde, na manhã desta terça-feira (14), a matéria foi retirada de pauta a pedido do prefeito Sarto.

Enquanto bolsonaristas comemoraram a ação, vereadores da ala progressista criticaram a medida do Governo e pediram, em vão, que o projeto retornasse para a apreciação no colegiado.

“Hoje temos motivos para comemorar. Os cidadãos podem celebrar a maravilhosa notícia de que essa Casa se reuniu e decidimos, entre líderes, que o passaporte não será votado no ano de 2021. Recebemos a promessa de que vamos ter mais tempo para discutir o assunto. E, quem sabe, conquistar até o recuo da Prefeitura de Fortaleza”, disse Priscila Costa.

Para Jorge Pinheiro (PSDB), da forma como o projeto foi enviado à Casa Legislativa, prejudicaria diversos servidores. “O Governo entendeu, por bem, adiar essa discussão para aprimorar o texto”.

Danilo Lopes (Podemos), por sua vez, afirmou que os decretos do Governo do Estado são “arbitrários” em sua forma e destacou ser necessário discutir o impacto dessas medidas na vida do cidadão. “Parabéns à Câmara que está preocupada com todo o cearense, sem querer saber de politização do tema. A gente tem que agir da forma correta”, apontou.