Jair Bolsonaro e Valdemar Costa Neto seguram a ficha de filiação do presidente ao Partido Liberal. Foto: Reprodução/PL.

O presidente da República, Jair Bolsonaro, filiou-se nesta terça-feira (30) ao Partido Liberal (PL). O ato de assinatura da ficha de filiação foi realizado na parte da manhã durante cerimônia promovida pela legenda no auditório do complexo Brasil 21, em Brasília.

Uma caravana de cearenses esteve presente ao evento, incluindo deputados estaduais e vereadores. Só um cearense – deputado federal Capitão Wagner (PROS) – teve o nome destacado pelo apresentador da cerimônia.

Na ocasião, o senador Flávio Bolsonaro (ex-Patriota/RJ), e o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho (ex-PSDB/RN), também ingressaram no PL. Rogério é pré-candidato a senador pelo Rio Grande do Norte.

Eleito em 2018 pelo PSL, Bolsonaro deixou o partido em novembro de 2019 e ficou sem partido até esta terça-feira. A condição de filiado a um partido político é necessária para a disputa das eleições gerais de 2022. Até o momento, a eventual pré-candidatura do presidente à reeleição não foi oficializada.

Durante o evento, Bolsonaro destacou que a cerimônia foi uma simples filiação ao partido e que não estava “lançando ninguém a cargo nenhum”.

“Estou me sentindo aqui em casa, dentro do Congresso Nacional, aquele plenário da Câmara dos Deputados, tendo em vista a quantidade enorme de parlamentares aqui presentes. Vocês me trazem lembranças agradáveis, lembranças de luta, de embate, mas, acima de tudo, momentos em que nós, juntos, fizemos pelo nosso país. Eu vim do meio de vocês. Fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados”, disse.

Bolsonaro falou pouco sobre o futuro político da sigla, mas admitiu a possibilidade de alianças em alguns Estados. Só muito rapidamente ele fez insinuação ao seu principal adversário, o ex-presidente Lula, quando disse ser contra ao controle da mídia.

Veja trecho do discurso de Bolsonaro:

O discurso mais contundente foi o do senador Flávio Bolsonaro. Ele indiretamente chamou Sergio Moro, o ex-juiz federal e ministro da Justiça do Governo Bolsonaro, de “traidor”, dizendo até que na política a traição é perdoada, mas o traidor não. E em relação ao ex-presidente Lula, Flávio Bolsonaro falou em crimes cometidos no Governo dele e o chamou de presidiário. Flávio, como Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, foram pródigos em elogios ao Governo Bolsonaro.

Veja a fala do senador Flávio Bolsonaro:

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), parlamentares do PL e de outras agremiações, assim como a ministra da Secretaria de Governo da Presidência da República, Flávia Arruda, filiada ao PL, e outros ministros do Governo, incluindo o presidente nacional do PP, Ciro Nogueira, participaram da cerimônia. Bolsonaro ao saudá-los disse que foi difícil escolher o PL para filiar-se, pois o PP e o Republicanos também abriram suas portas para que ele ingressasse em um deles.

Com informações da Agência Brasil e do site PL.