Para o senador cearense, as censuras impostas pelas redes sociais e apoiadas por membros do STF e TSE são medidas autoritárias que prejudicam principalmente jornalistas conservadores. Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado.

Em pronunciamento no senado, Eduardo Girão (Podemos-CE) disse que o Congresso Nacional precisa assumir a responsabilidade de legislar para conter o cerceamento de opiniões divulgadas nas redes sociais.

Em sua opinião, há em curso uma ”crescente escalada autoritária”, que intimida as pessoas no seu direito à liberdade de expressão, garantido constitucionalmente.

”Tenho notado, nas próprias redes sociais que acompanho e, muitas vezes, em minhas próprias, algumas manifestações estranhas, como se não entregassem certas mensagens conservadoras. Alguns temas específicos, que incomodam o establishment, o politicamente correto, aquilo, de alguma forma, perde força nas redes sociais. O que fazer? O que fazer sobre isso? Porque, um dia, todos aqui serão vítimas. Hoje, começam com médicos, com pessoas que estão aí tentando simplesmente opinar e, de alguma forma, estão sendo caladas, censuradas”, declarou ele em discurso na terça-feira (09).

Para Girão, algumas das medidas autoritárias estão sendo tomadas por plataformas digitais e também estão sendo acompanhadas por alguns membros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Segundo o senador, as decisões dessas Cortes prejudicam principalmente os jornalistas, pois bloqueiam os canais de comunicação, promovendo sua desmonetização.

”O interessante é que todos eles têm um ponto em comum – os que estão sendo censurados: eles são conservadores. É muita coincidência! A justificativa tem sido sempre o cuidado com a proliferação das chamadas notícias falsas, as fake news. Todos concordamos, aqui, que tais abusos devem ser devidamente punidos, em acordo com a legislação vigente, é claro”, dissertou Girão.

Fonte:  Senado Federal.