Prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PSDB). Foto: Ascom/PMM.

Grupo de oposição política no Ceará acredita que a população cearense cansou do modelo adotado pela família Ferreira Gomes em administrar o Governo do Estado e a maioria das prefeituras cearenses cujos gestores são prefeitos filiados ao PDT e a outras legendas aliadas.

Eles chamam esse cansaço de “fadiga de material”, um termo tirado da construção civil (fenômeno de ruptura progressiva de estruturas sujeitas a ciclos repetidos de tensão ou deformação).

Esse entendimento é exposto pelo prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa (PSDB), ao comentar as últimas investidas do grupo governista ao realizar parcerias administrativas com os prefeitos oposicionistas de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), e de Caucaia, Vitor Valim (PROS).

“Os Ferreira Gomes e o grupo do governador [Camilo Santana] estão vendo a derrota na cara. Capitão Wagner [deputado federal e pré-candidato a governador do grupo de oposição] está com o dobro das intenções de voto, hoje, contra o melhor pré-candidato deles que é o Roberto Cláudio [ex-prefeito de Fortaleza]. Então, está aí o desespero”, interpreta Roberto.

O prefeito de Maracanaú continua: “Ao ponto de tentar comprar o maior prefeito do Ceará que é Vitor Valim [de Caucaia]; um homem sério, mas que estão tentando comprar. Isso é crime eleitoral explícito. Eu vou denunciar isso ao Ministério Público”, ameaçou.

Cariri cearense

Com relação à região de Juazeiro do Norte, Roberto pessoa é otimista: “No Cariri vai ser uma lapada grande com Capitão Wagner na cabeça”.

O prefeito de Maracanaú esteve nesse domingo (24) em Santana do Cariri participando da 18ª romaria da Beata Menina Benigna. O objetivo foi pagar uma promessa que fez pela recuperação total da saúde do ex-governador Lúcio Alcântara, do ex-deputado federal Pinheiro Landim e do ex-senador Luís Pontes, que foram acometidos severamente pela Covid-19.

Enquanto o grupo de situação se movimenta administrativamente se preparando para as eleições 2022, os políticos de oposição, segundo Roberto Pessoa, não estão parados. “Todo dia estamos na rua, humildemente, sem arrogância, mostrando quem é Capitão Wagner, um homem simples, um homem pobre, um professor universitário. Ninguém quer saber de prefeituras, quer saber do povo, do povão”, disse.

Com relação ao PSDB, partido que está na base aliada do governo estadual, Roberto Pessoa diz que o grupo político que ele lidera está avaliando se continua ou não filiado à agremiação. Mas faz uma ressalva: “Eu, particularmente, não preciso sair do PSDB porque eu não vou ser candidato”.

Roberto Pessoa está trabalhando para que a filha, deputada estadual Fernanda Pessoa (PSDB), conquiste uma cadeira na Câmara Federal no próximo ano.