O senador Eduardo Girão (Podemos-CE) pediu que a CPI da Covid provoque a Justiça solicitando a imediata remoção de Gabas da autarquia. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado.

Em pronunciamento, na última terça-feira (19), o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) informou ter apresentado um requerimento para que a CPI da Covid provoque a Justiça solicitando a imediata remoção de Carlos Gabas da direção do Consórcio Nordeste, que congrega todos os Estados da região.

Ele disse que seu pedido é um gesto de respeito “ao dinheiro que é retirado das mesas das famílias brasileiras”, referindo-se à compra de 300 respiradores destinados aos pacientes com COVID-19, equipamentos que não foram entregues pela empresa responsável.

O parlamentar criticou a CPI do Senado por não ter apurado “o desvio de R$48,7 milhões, na compra, supostamente fraudulenta, dos 300 respiradores”. E informou que a Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte está investigando o assunto, numa Comissão de Inquérito, e inclusive convocou Carlos Gabas para depor, quebrando seu sigilo bancário.

”Apesar da confirmação de todas as gravíssimas denúncias, ele continua firme, recebendo um salário de cerca de R$20 mil como secretário-executivo do Consórcio, que reúne nove Estados nordestinos e custa R$10 milhões por ano ao bolso do contribuinte do Nordeste brasileiro,” reclamou.

Crítica à CCJ

Girão também divulgou nota oficial emitida por entidades do seu estado, manifestando “indignação diante da morosidade” da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em sabatinar André Mendonça, indicado a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

O documento, assinado pelo Movimento Conservador Cristão de Ação Social e Política, a Ordem dos Ministros Evangélicos do Ceará e o Movimento Ceará Livre, critica diretamente o presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Após mencionar que a Constituição garante que “ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”, o documento afirma que os signatários não podem se calar “diante de um ato sem justificativa” e que resvala em questões “discriminatórias e antidemocráticas”.

Fonte: Senado Federal.