Essa deve ser a terceira reunião do grupo desde sua abertura. Foto: ALECE.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa que investiga possíveis irregularidades no repasse de recursos das Associações de Militares no Ceará, também conhecida como “CPI do motim da Polícia”, volta a se reunir nesta terça-feira (05), depois de duas semanas sem encontros deliberativos.

O colegiado, enfim, recebeu informações solicitadas a órgãos do Governo do Estado e das próprias entidades e deve votar outros convites de comparecimento.

Durante duas semanas o grupo não se reuniu, apesar da importância que foi dada ao tema, uma vez que há indícios de que o dinheiro que policiais repassaram para as associações teriam financiado motins da Polícia que ocorreram no Ceará no início de 2020. Os membros da CPI também estão investigando a paralisação ocorrida no ano de 2011.

Um requerimento que está na pauta de votação é de autoria do presidente do colegiado, o deputado Salmito Filho (PDT), e solicita o envio de convite ao promotor de Justiça Militar, Sebastião Brasilino de Freitas Filho, para que faça exposição aos membros da CPI sobre especificidades pela legislação aos militares. Outros pedidos podem ser apresentado durante a reunião, marcada para iniciar às 9h30.

De acordo com a pauta, já estão disponíveis informações da Seplag relativo aos repasses financeiros realizados pelo Governo do Estado do Ceará a todas as associações de Policiais Militares e Bombeiros Militares, bem como os repasses financeiros realizados pelo Governo às entidades.

Há ainda cópia integral dos processos judiciais em nome das associações ligadas à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros, encaminhada pelo Tribunal de Justiça. Da 2ª Companhia de Policiamento foi encaminhada cópia de todas as imagens de segurança nos dias das manifestações policiais, realizadas no entorno da Assembleia Legislativa entre os anos de 2019 e 2020.

A Associação dos Profissionais da Segurança solicitou adiamento de prazo concedido pela CPI para prestar informações. Já a Associação de Praças da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros encaminhou informações sobre o número total de associados e o valor mensal arrecadado pela entidade.