Apesar de crítico de Ciro Gomes, o vereador Sargento Reginauro repudiou as tentativas de agressão física contra o pedetista. Foto: CMFor.

Os ataques de petistas ao presidenciável Ciro Gomes (PDT), durante os protestos de sábado (02/10) na Avenida Paulista, em São Paulo, repercutiram entre os vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza durante sessão ordinária desta quarta-feira (06).

Enquanto os pedetistas lamentaram o ocorrido, afirmando que o PT busca hegemonia na política nacional, os críticos do líder pedetista destacaram que o ex-governador tem atacado, reiteradamente, membros da esquerda brasileira.

O vereador Paulo Martins (PDT), se solidarizou com Ciro Gomes, afirmando que o momento é de buscar, de forma unida, uma saída para o crescimento do desemprego e aumento do preço dos combustíveis, por exemplo. “A gente lamenta o fato de o Ciro ter sido hostilizado, com pedaços de paus e garrafas jogadas contra ele”, disse.

Em seguida, Júlio Brizzi (PDT), afirmou que Ciro foi “covardemente atacado por um grupelho”. O parlamentar destacou que o presidenciável tem buscado estar ao lado da população, apresentando propostas de melhoria para o Brasil.

Ainda de acordo com ele, há por parte do pedetista um esforço para dialogar com todas as forças políticas do País. “Seu objetivo é fazer um governo de pacificação”, lembrou.

Mais enfático, Adail Júnior (PDT) criticou os ataques ao ex-governador e disse não ter como defender as bandeiras petistas ou apoiar um eventual candidato da legenda, caso este esteja no segundo turno da campanha do próximo ano. “Como esquecer esse fato vergonhoso? Para mim, isso é desespero pelo poder, querendo passar por cima até da própria ideologia. Imagina se um pedetista faz isso com o pré-candidato Lula, como estaria a Assembleia e a Câmara hoje? Como cobrar respeito?”, questionou.

Divergências

Para o opositor Márcio Martins (PROS), porém, as manifestações de solidariedade a Ciro “seguem a cartilha” do líder pedetista. De acordo com ele, ao se aproximarem as eleições, há uma mudança de postura do ex-governador em razão apenas do pleito eleitoral. “Agora ele diz que é preciso unir as esquerdas. Como, se quem ele mais atacou foi a esquerda?”, ironizou.

Sargento Reginauro (PROS), por sua vez, afirmou que, apesar das divergências que tem com Ciro Gomes, repudia qualquer tipo de agressão física. “Existem outras formas de resolver essas questões. O Ciro tenta mostrar um conhecimento político, mas continua morrendo pela boca. Está provando do próprio veneno. Existe uma forma mais habilidosa de sair da cena pública, porque tem que reconhecer que a hora acabou”.