Incêndio começou pelo Almoxarifado do Tribunal de Justiça do Ceará ocorrido na madrugada do dia 06/09. Foto: Ascom/TJCE.

A presidência do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) vai funcionar a partir desta quarta-feira (08/9) nas dependências do Fórum Clóvis Beviláqua.

A presidente, desembargadora Maria Nailde Pinheiro Nogueira, esteve reunida com a equipe de Gestão para traçar as diretrizes e estabelecer estratégias em razão do incêndio que ocorreu na madrugada de segunda-feira (06/9) no prédio do TJCE, no bairro Cambeba.

Durante o encontro, que aconteceu no Fórum Clóvis Beviláqua, a diretora da unidade, juíza Ana Cristina Esmeraldo, ofereceu a estrutura do prédio para abrigar a Presidência provisoriamente, sugestão prontamente aceita pela desembargadora.

Todos os setores atingidos pelo sinistro são administrativos, o que garante o regular andamento processual e outros atendimentos judiciários.

Não há processos físicos no local atingido. Em virtude de investimentos em tecnologia na justiça cearense, praticamente 100% dos processos estão digitalizados e preservados.

“Mesmo com esse triste acontecimento, o trabalho do Judiciário não vai parar. Além do trabalho remoto que já vem acontecendo desde o início da pandemia, no ano passado, os setores atingidos pelo incêndio também passarão a atuar no Fórum ou em outras unidades da Justiça. O mais importante é garantir que a população continue sendo assistida sem prejuízos”, ressaltou a presidente Nailde.

As sessões de julgamento das câmaras continuam a acontecer totalmente virtuais e não híbridas, como havia sido determinado para acontecer a partir do dia 13 de setembro por meio da Portaria nº 1431/2021, publicada no Diário da Justiça da última terça-feira (31/08).

Objetos históricos do Poder Judiciário

Para preservar os objetos históricos do Memorial do Poder Judiciário cearense da alta temperatura e fuligem ocasionados pelo incêndio que danificou parte das instalações do prédio do Tribunal de Justiça do Ceará, a presidência do TJCE determinou, nesta terça-feira (07/9), a retirada das principais peças e documentos do local.

Entre eles, está o manuscrito original do projeto do Código Civil brasileiro, de 1916, de autoria do jurista cearense Clóvis Beviláqua, considerado uma das principais peças do acervo. Todos os materiais já retirados estão sendo alocados no auditório da Corregedoria-Geral da Justiça.

O acervo do Memorial do Judiciário tem valor imensurável à preservação da história da Justiça cearense e, por isso, com toda segurança e supervisão do Corpo de Bombeiros, os trabalhos continuarão até que todos os objetivos sejam retirados.

O incêndio começou pelo Almoxarifado, que possui, em seu interior, materiais com maior potencial inflamável, e em seguida atingiram três andares do prédio, onde funciona a área administrativa. Não há processos físicos no local. Em virtude de investimentos em tecnologia na justiça cearense, praticamente 100% dos processos estão digitalizados e preservados.

Com informações do TJCE.