“Que bom que ele assumiu que é bolsonarista”, disse Elmano de Freitas sobre falas do deputado federal Capitão Wagner (PROS/CE) no 7 de Setembro. Foto: Miguel Martins.

No feriado da Independência, na semana passada, o pretenso candidato ao Governo do Estado, Capitão Wagner (PROS), aproveitou o momento para, mais uma vez, se colocar como postulante à sucessão do governador Camilo Santana (PT) pela oposição, reiterando críticas à atual gestão e defendendo o presidente Jair Bolsonaro.

Para parlamentares petistas, o deputado federal será rejeitado pelo eleitorado cearense ao atrelar sua imagem à de Bolsonaro.

Eleições 2022 – Capitão Wagner aproveita manifestações pró-Bolsonaro como palanque eleitoral

“O Wagner é o candidato do Bolsonaro. Que bom ele ter assumido que é bolsonarista. É o representante do presidente no Ceará”, disse Elmano de Freitas. Segundo o petista, a eventual candidatura da oposição no Estado faz parte do projeto do presidente da República, que em sua avaliação, tem sido responsável pelo aumento no preço do gás, da comida e da conta de energia.

“Não gostamos do projeto do Bolsonaro e vamos encontrar um nome para derrotar essa candidatura. O Governo Bolsonaro, que é líder do Wagner, só piorou a vida do povo. Vamos encontrar um nome que unifique os partidos que estão aliados hoje no Ceará”, disse.

Veja a posição do deputado Elmano (PT):

Sobre as críticas de Wagner ao governador Camilo Santana, o deputado Acrísio Sena destaca que o deputado federal representa a oposição e está no papel dele fazer tais críticas à gestão. No entanto, o petista acredita que Capitão Wagner, ao “colar” sua imagem à de Bolsonaro, nas eleições, automaticamente terá uma rejeição no Estado.

Segundo Acrísio, as manifestações do último 7 de Setembro mostraram que não há espaço para uma divisão dentro do chamado campo democrático popular. “Quem não entender esse processo termina consciente ou inconscientemente apoiando o campo conservador que está em torno do presidente”.

Ainda de acordo com ele, existe uma possibilidade real de unir todos os campos democráticos populares já no primeiro turno do próximo ano para as eleições presidenciais. No entanto, em nível local, algumas particularidades devem ser levadas em consideração. “Temos uma condição diferenciada. Essa realidade no Ceará envolve um debate mais apurado, com mais profundidade, mais tempo. Já vivemos a experiência de termos dois palanques, mas acredito que vamos ter a oportunidade de termos um palanque único em torno do projeto nacional”, avaliou.

Fala do deputado Acrísio Sena (PT):