Diante das ações autoritárias do presidente da República, deputado Acrísio Sena (PT) defende reação por parte das instituições democráticas. Foto: Miguel Martins.

O número de presentes às manifestações em prol da gestão do presidente Jair Bolsonaro mostrou ao País o tamanho da bolha política do chefe do Executivo nacional. Esta é a avaliação do deputado estadual Acrísio Sena (PT) que acredita que os ataques de Bolsonaro às instituições constituídas demonstram que sua popularidade “começa a derreter de forma acelerada”.

De acordo com o petista, durante toda a República não foi visto outro presidente que tenha desrespeitado tanto a Constituição brasileira quanto Jair Bolsonaro.

Segundo ele, a Carta Magna defende que os poderes sejam independentes, porém, com harmonia. O que não acontece devido os constantes ataques de Jair Bolsonaro ao Supremo Tribunal Federal (STF), ao Congresso Nacional e à imprensa.

“O Executivo é o principal a desrespeitar a Constituição, a incitar a quebra de democracia. Não reúne nenhuma condição para tocar o País nos principais desafios colocados. O pais tá com 15 milhões de desempregados, 584 mil de mortes por falta de politica austera, e voltou  ao mapa da fome e a grande missão dele é achincalhar o Supremo, fechar o Congresso e atacar a imprensa. Ele é colecionador de crimes de responsabilidade”, disse.

Para o parlamentar, é preciso que os Poderes constituídos atuem para barrar os posicionamentos autoritários de Jair Bolsonaro. Em sua avaliação, a baixa adesão de outros setores, a despeito da quantidade expressiva de apoiadores nas ruas, indica que “começa a derreter de forma acelerada a popularidade de Bolsonaro”.

“O Sete de Setembro tentou vender o momento de força de sua popularidade, mas a realidade da bolha bolsonarista é aquela. A maioria da população não comunga com aquelas teses de querer amordaçar a imprensa, de não querer debater os problemas do Brasil. Ele quer discutir firulas ou buscar teses de natureza ultrapassadas”, destacou.

Segundo o deputado, enquanto a população passa por problemas graves como desemprego e alta no preço de combustíveis, além da crise causada pela pandemia da Covid-19, as pautas levantadas por Bolsonaro são voto impresso e atuação do Supremo. “As manifestações demonstraram que ele não tem competência para governar, ele está isolado. Não tem vocação democrática para entender os pensamentos diferentes da nação e desrespeita o Estado Democrático de Direito”.