O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre. Foto: Marcelo Camargo.

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu informações ao senador Davi Alcolumbre (DEM/AP), presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado Federal, antes de decidir o pedido feito no Mandado de Segurança (MS 38216) para que ele paute, com urgência, a sabatina de André Mendonça, indicado pelo presidente da República para ocupar a vaga aberta na Corte em decorrência da aposentadoria do ministro Marco Aurélio.

No Mandado de Segurança, os senadores Alessandro Vieira (Cidadania/SE) e Jorge Kajuru (Podemos/GO) qualificam como ato “ilegal e abusivo” a conduta de não pautar reunião da CCJ para chancelar ou rejeitar o nome indicado para a cadeira no STF.

Os senadores lembram que a mensagem presidencial com a indicação foi enviada em 2/8. Em 18/8, foi encaminhada à publicação no site do Senado e, no dia seguinte, passou a constar a informação de que aguarda a designação de relator para apreciar a indicação.

Segundo os parlamentares, todos os meios idôneos ao alcance dos senadores já foram utilizados para que Alcolumbre paute a sabatina, e vários líderes partidários requereram formalmente a designação de sessão para esse fim, mas não houve êxito.

Vieira e Kajuru alegam que a situação acarreta dano ao interesse público, comprometendo a prestação jurisdicional do STF, que deixa de contar com um ministro em sua composição e obriga o presidente da Corte a proferir o chamado “voto de minerva” em casos de empate.

Fonte: Supremo Tribunal Federal.