Sargento Reginauro demonstrou ser um dos mais entusiasmados com as manifestações a favor de Bolsonaro. Foto: CMFor.

As manifestações do Dia da Independência, onde milhares de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro foram às ruas em apoio à sua gestão, deram o tom dos debates na Câmara Municipal de Fortaleza, durante sessão híbrida, nesta quarta-feira (08/9).

Enquanto aliados do Governo Federal destacaram a defesa à liberdade, opositores pontuaram o fator antidemocrático dos protestos que pediam fechamento do Congresso Nacional e destituição de alguns ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Um dos mais entusiasmados com o movimento, o vereador Sargento Reginauro (PROS), destacou que os protestos se deram contra decisões de ministros que estariam retirando o direito à liberdade de expressão dos cidadãos. Para ele, muitos que foram às ruas não se posicionavam exclusivamente favoráveis ao Governo Bolsonaro, mas em defesa da Democracia.

“Uma das mais belas festas da Democracia que este País já viveu nos últimos anos”, classificou o parlamentar. De acordo com ele, “a Constituição está sendo rasgada pelos próprios ministros do Supremo”. Reginauro disse, ainda, que não foi Bolsonaro quem levou os brasileiros às ruas no 7 de Setembro, mas o ministro Alexandre de Moraes, a partir de suas decisões contra bolsonaristas.

Para Dr. Vicente (PT), por outro lado, a maioria da população está insatisfeita com a gestão Bolsonaro. O petista defende impeachment do chefe do Executivo devido a crise pela qual o País passa, enquanto que o presidente tem tratado a situação com descaso. Adriana Nossa Cara (PSOL) esteve presente às manifestações do Grito dos Excluídos. Segundo disse, “enquanto existir autoritarismo, ódio e violência, será difícil sonhar com um novo mundo”.

O vereador Ronivaldo (PT) leu notas do governador Camilo Santana em protesto contra falas do presidente da República. Para o petista, com o preço de combustíveis e alimentação em alta, não há nada para comemorar.

Veja a fala do vereador Ronivaldo Maia:

Priscila Costa (PSC), que também esteve nos movimentos de rua, afirmou que estava protestando e se manifestando porque é livre. Na avaliação da parlamentar, “a esquerda buscou implementar no Brasil uma ditadura como a da Venezuela”. Bolsonarista convicta, Costa voltou a criticar o “lockdown”, que em sua análise, corroborou para que as pessoas passassem por dificuldades financeiras durante a pandemia.

Acompanhe a fala da jornalista e vereadora Priscila Costa:

Júlio Brizzi (PDT), por sua vez, defendeu “o mínimo de dignidade” do presidente para com o cargo que ocupa na Presidência.

“Ele deu, provavelmente, mais um passo ao seu descrédito. Mais um passo ao impeachment que ele merece. Isso é muito triste para a história do País. Espero que a classe política e o Judiciário possam ter a visão de que já basta”, afirmou o pedetista.