Júlio César Filho respondeu as críticas feitas pelo deputado Delegado Cavalcante. Foto: ALECE.

Em resposta às falas do deputado Delegado Cavalcante (PTB), o líder do Governo na Assembleia Legislativa do Ceará, Júlio César Filho (Cidadania), afirmou que a oposição quer distorcer o objetivo principal da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga possíveis irregularidades na administração das associações de militares no Estado.

Segundo ele, o objetivo do grupo é identificar envolvimento das entidades em patrocínio de motins ocorridos no ano passado no Ceará, o que só poderá ser comprovado após apresentação de relatório.

“Temos que entender que não adianta querer distorcer o objeto da CPI que está funcionando nesta Casa. A CPI investiga a utilização de recursos por entidades em ilícitos, porque as entidade militares são proibidas de fazer movimentos paredistas, como foi o motim armado em 2020”, apontou Júlio César.

De acordo com ele, uma minoria de policiais, incentivada por agentes políticos, deixou de atuar nas ruas. “Essa minoria não pode macular a grande maioria das mulheres e de homens honrados da Polícia Militar do Ceará. Aqueles que foram condenados é porque infringiram à Lei”, destacou.

“Não vamos querer generalizar. Eu queria colocar isso para não tentar distorcer o trabalho da CPI e a verdade venha à tona. Quem não deve, não teme. Se não houve nada de errado, vamos reconhecer. Mas se houve, vamos sugerir ao Ministério Público, ao Poder Judiciário que tome as medidas cabíveis”, disse.

O pronunciamento do parlamentar se deu após o deputado Delegado Cavalcante ter afirmado que o sistema de segurança do Estado é péssimo e que o o Governo do Estado persegue policiais militares. Ainda de acordo com o opositor, os trabalhos da CPI foram iniciados apenas para se posicionar contra a PM do Ceará.

“Eu vi matéria de jornal, invertendo valores. O Cid Gomes pega um trator, faz comício, chega na porta do quartel e diz desaforo aos policiais, desafia os policiais. Pega um trator, joga por cima dos policiais e o jornal coloca a culpa nos policiais. Vem o Ministério Público e denuncia 33. Qual a punição do senador? Isso é impunidade. O que uma polícia dessa pode oferecer, desestimulada, mal paga? Tem muito é fantasia”, reclamou Cavalcante sobre o episódio do motim em Sobral, quando Cid Gomes foi atingido por dois tiros enquanto tentava entrar em um batalhão da Polícia com uma retroescavadeira.