Para Roseno, não se pode esperar até outubro de 2022, pois as eleições não serão tranquilas com Bolsonaro no processo eleitoral. Foto: ALECE.

Durante pronunciamento na Assembleia Legislativa do Ceará, na manhã desta quinta-feira (09/9), o deputado Renato Roseno (PSOL) fez uma avaliação das manifestações do dia 7 de setembro, quando apoiadores do presidente Jair Bolsonaro se posicionaram favoráveis ao chefe do Executivo e contra ações de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

O socialista defendeu união da população brasileira e instituições democráticas no combate a ameaças de golpe no Brasil.

Para Roseno, o Dia da Independência se caracterizou como “um prelúdio do golpe”, estando o País figurando nas principais manchetes dos países pelo mundo como “fruto de preocupação internacional”. O parlamentar ressaltou, em seu pronunciamento, que o presidente Jair Bolsonaro, nos últimos meses, atuou a favor de um golpe no Brasil.

“O presidente inflama a sua base, pequena, minoritária e violenta. Os seus malfeitos estão sendo descobertos. Os esquemas de rachadinha, de compra de vacina. Mas, mais que isso, o derretimento da economia do País. O golpismo é explícito. Não é que tenha ameaça de golpe; o golpe está em processo”, destacou.

“O golpismo ficou explícito nos discursos da última terça-feira. Mas o povo brasileiro não é favorável ao golpe. Quem o apoia não é a maioria do povo brasileiro. O que a maioria quer é enfrentar a crise econômica, lutar contra a fome, o desemprego, pandemia, e quer acesso à saúde” – (Renato Roseno).

De acordo com ele, não se pode esperar até 2022 para mudar a situação do País e que o impeachment de Bolsonaro seria uma medida acertada neste momento. Para Roseno, é preciso construir uma agenda popular de unidade das forças democráticas desde já.

“Não dá para esperar outubro de 2022. A luta pelo impeachment é agora. Essa é uma luta contra a fome, o desemprego, a violência, a pandemia e outras. Não adianta dizer que eles são a minoria da população se a maioria, que defende a democracia, não se organiza para ocupar as ruas e pressionar o processo de crime de responsabilidade”, acrescentou.

Veja trecho do discurso do deputado do PSOL:

Para o deputado Marcos Sobreira (PDT), o Dia da Independência foi de desrespeito ao Judiciário e atentado contra a democracia. Ele denominou o momento como “fúnebre”. “A frase mais triste que vimos foi vermos o presidente da República dizer para a população que não irá cumprir ações judiciais de um ministro do Supremo Tribunal Federal. Isso é crime de responsabilidade e um sério  atentado ao Judiciário”, afirmou.