Noelio (PROS) justificou o uso da palavra “Soldado” em seu nome público, como uma demonstração de amor à corporação. Foto: Paulo Rocha/ALECE.

O deputado estadual Soldado Noelio (PROS) rechaçou proposta de alteração do Código Eleitoral Brasileiro, que cria uma “quarentena” de cinco anos, para militares e policiais, caso queiram se candidatar a cargos eletivos.

A ideia, segundo o republicano, irá tolher “profissionais de postura ilibada e respeitados socialmente” de concorrer à ocupações políticas. Noelio criticou o fato de, em eleições vindouras, membros de facções criminosas disputarem eleições, enquanto militares e policiais, não.

“É um absurdo. Precisamos de pessoas que discutam sobre a segurança pública, assim como necessitamos de médicos, para discutir a saúde. Vivemos em um Estado, com extrema violência, tomado por facções e vamos proibir policiais de serem políticos” – (Soldado Noelio)

O republicano também condenou quando policias são apenados por suas corporações, quando expressam alguma opinião. Ele condenou “perseguição” às associações de militares, em referência à CPI instalada na Assembleia Legislativa.

“Policial não pode falar, senão é penalizado. Ele busca uma associação, que também poderão ser penalizadas. Daí se candidata a cargo político, e querem acabar com isso. Nós vamos permitir que isso passe?”, questionou.

Proposta

Encabeçada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas/AL), esta alteração no Código Eleitoral impõe também quarentena de cinco anos para magistrados e membros do Ministério Público. O atual Código Eleitoral brasileiro é datado de 1965.