Heitor Férrer (SD) já foi candidato a prefeito de Fortaleza em quatro eleições. Foto: Miguel Martins.

Candidato a prefeito nas últimas três eleições municipais em Fortaleza, o deputado estadual Heitor Férrer (SD) acredita que no pleito ao Governo do Estado do Ceará do próximo ano, a exemplo do que ocorreu na disputa municipal de 2020 na Capital cearense, haverá polarização entre um candidato da base governista e um nome da oposição.

O parlamentar salientou ser remota a possibilidade do surgimento de uma terceira via que tenha potencial eleitoral de fazer frente às duas candidaturas antagonistas no Estado.

No entanto, ele destacou que outras postulações devem surgir, mas com capacidade pouco viável para chegar em um eventual segundo turno. Nas eleições de 2014, o pleito para o Governo do Estado foi resolvido no segundo turno, entre o então senador Eunício Oliveira (MDB) e o petista Camilo Santana, que se consagrou vitorioso.

Já em 2018, Camilo foi eleito já no primeiro turno, com quase 80% dos votos válidos.

“Eu sou um exemplo de que a terceira via é algo muito difícil. Haja vista a eleição para a Prefeitura de Fortaleza que ficou entre o candidato dos Ferreira Gomes (o prefeito eleito Sarto) e Capitão Wagner. Da mesma forma se perfila a eleição de 2022. Não surgiu nenhuma novidade no cenário político que possa dizer que vai ser uma terceira via”, disse o parlamentar.

Heitor Férrer, porém, destacou que quanto mais candidatos viáveis, melhor. No entanto, ele acredita que tudo se delineia para mais uma polarização de um candidato ligado aos irmãos Ciro e Cid Gomes e o deputado federal Capitão Wagner (PROS). O parlamentar republicano já vem se colocando como postulante ao Governo do Estado, enquanto o PDT está testando alguns nomes, dentre eles o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio; a vice-governadora Izolda Cela, o presidente da Assembleia, Evandro Leitão, e o secretário/deputado federal, Mauro Filho.

Ideal

Para Férrer, a polarização termina limitando os discursos e debates para se discutir temas importantes para a população. “Entre dois apenas, a situação fica muito cômoda porque os candidatos vão agir muito mais politicamente do que tecnicamente. O ideal é ter mais candidaturas para se debater os problemas”, defendeu.

Heitor Férrer foi candidato a prefeito de Fortaleza em 2004, quando ficou na sexta colocação entre os postulantes. Em 2012 ele figurou na terceira posição. Já em 2016 e 2020, ficou na quarta colocação. Para o próximo ano, a tendência é que ele apoie a candidatura de oposição ao Governo do Estado.