Ciro Gomes participou da reunião do prefeito Sarto com o secretariado da Prefeitura de Fortaleza. Foto: Reprodução/Redes sociais.

O presidenciável Ciro Gomes participou, na manhã desta sexta-feira (17), de reunião do secretariado da Prefeitura de Fortaleza, ao lado do prefeito Sarto e do presidente da Câmara Municipal, Antônio Henrique.

Durante entrevista coletiva, o líder pedetista afirmou que o governador Camilo Santana é quem conduzirá a sucessão do Governo do Estado no próximo ano e terá todo apoio para disputar o cargo que quiser.

Ciro também fez uma explanação sobre os pontos de vista do Partido dos Trabalhadores (PT) ao longo do processo de redemocratização do Brasil e defendeu “paciência” com a sigla a quem denominou de “companheira”.

“Se a gente precisa conciliar para a direita e demover o Arthur Lira [presidente da Câmara Federal] de sua inércia, mais paciência temos que ter com nossos companheiros do PT, mas sabendo quem eles são”, disse.

De acordo com ele, há uma convicção dentro da base governista de que quem vai liderar a sucessão do Governo do Estado é o governador Camilo Santana. “É legítimo ele sendo o líder maior. O meu papel é ajudar a manter a unidade do grupo que está produzindo grandes frutos para o Ceará. São coisas muito preciosas que temos que proteger e o Camilo é o líder desse processo”, afirmou.

“O líder do nosso movimento chama-se Camilo Santana e ele vai administrar a sucessão dele. O lugar que ele desejar terá nosso apoio incondicional e certo; pelos méritos dele, pela liderança extraordinária. Se quiser ser senador, será senador com nosso apoio incondicional” – (Ciro Gomes)

Ciro também disse ponderar que, dessa vez, o PDT aspire a candidatura a governador do Estado, destacando, porém, que isso não é uma imposição. “Nosso estilo não é ficar impondo. Temos quadros e queremos que eles sejam capazes de responder a esse requisito com seriedade”, defendeu.

Sucessão presidencial

Em nível nacional, o pedetista defendeu um projeto ideológico de sustentação que vai do centro à esquerda, buscando diálogo mais propositivo com PSB, PDT, PV e Rede, além do Cidadania, DEM e PSD. Segundo ele, atualmente toda as possibilidades estão abertas para a sucessão presidencial.

“O Brasil está vivendo um momento atípico. O Bolsonaro não tem partido. Qual partido vai aceitá-lo? O Lula, aparentemente, é o favorito. Mas qual partido formalizou coligação com ele? Nosso papel é representar o que cada um oferece. Eu estou propondo mudar o modelo econômico e político e a imprensa chama isso de terceira via”, afirmou.

Ainda de acordo com Ciro, o presidente Bolsonaro tem se revelado como “chefe da baderna, líder do caos social e econômico do Brasil”, o que em sua avaliação é uma tentativa de golpe de estado. “A punição imposta contra quem comete crime de responsabilidade é o impeachment. Se a gente concorda com essa tese, temos que buscar esse impeachment”, disse.

O pedetista ainda lamentou a ausência de quadros políticos durante as manifestações do último dia 12 de setembro e convocou “todo brasileiro democrático” para os protestos contra o presidente Bolsonaro que devem ocorrer nos dias 2 de outubro e 15 de novembro. “Queremos construir os caminhos para a estabilidade democrática”, defendeu.