O discurso em defesa do tema segurança pública uniu petistas e pedetistas, dentre eles, o deputado Queiroz Filho. Foto: ALECE.

Depois de críticas feitas pela bancada de oposição à gestão do Governo do Ceará no combate às facções criminosas, a base governista de Camilo Santana na Assembleia Legislativa se organizou e alinhou o discurso para contra-atacar.

De acordo com os aliados, o tema da Segurança Pública é recorrentemente utilizado por opositores em períodos pré-eleitorais de forma “eleitoreira”.

Durante os pronunciamentos, os deputados enalteceram o trabalho da Polícia Militar, o que para eles não é feito pelos oposicionistas.

O líder do Governo, Júlio César Filho (PDT), afirmou que os políticos de oposição tentam tirar proveito “de um tema tão caro à sociedade, que é a segurança pública”.

“Acho que isso vai ser a pauta recorrente daqueles que tentam se utilizar da segurança para angariar votos”, disse.

O parlamentar se solidarizou com o secretário de Segurança, Sandro Caron, e destacou as ações da Polícia durante o último ano, dentre as quais a apreensão de meia tonelada de drogas em Pacatuba, prisão de suspeito a bancos e operação que capturou 11 pessoas que integravam grupos criminosos no Estado.

“Temos várias outras ações que a gente faz questão de noticiar e divulgar. É importante ressaltar que a grande maioria dos policiais militares é de homens e mulheres honrados”, afirmou Júlio César Filho.

Veja trecho do discurso do líder do Governo:

Deputado Elmano de Freitas (PT) ressaltou que a oposição não consegue fazer discussão sobre educação, geração de emprego ou quaisquer das outras ações do Governo do Estado, “reduzindo a vida do povo à segurança”. Segundo lembrou, de janeiro até agosto, mais de 22 mil pessoas foram presas no Ceará. “Eles (da oposição) acham errado comprar colete para policial, ter a melhor arma, comprar viaturas, investir R$ 100 milhões em reformas de batalhões, pegar R$ 500 milhões e melhorar o salário da PM. Não tem proposta, é garoto propaganda de facção”, acusou.

Para Acrísio Sena (PT), o motim da Polícia Militar, ocorrido no início de 2020, motivou racha dentro da corporação da segurança pública e trouxe dificuldades para que os policiais enfrentassem as facções. “Fogem do debate como se o problema fosse só da Segurança. Estamos muito felizes que o governador está fazendo plano arrojado para concluir a vacinação e trazendo união das forças de segurança do Ceará. Além das fake news, eles têm mania de picotar a fala do governador, tirar de contexto o que ele falou”.

“Qual a moral que tem um político que se elege e reelege exaltando facções, fazendo a população de refém com um motim ilegal? Qual a moral tem de falar de um governador humilde e simples que está trabalhando para trazer mais recursos, mais políticas públicas em todas as áreas?” – (Júlio César Filho)

Deputado Queiroz Filho (PDT) foi enfático ao dizer que os motins da Polícia Militar, ocorridos no fim de 2011 e no início de 2020 tiveram “objetivo eleitoreiro”. “Sempre com objetivo de dar protagonismo a quem promove e incita essas movimentações. O que cansa e lamento é que essa prática vem sendo imposta e fico pensando se não há aprendizado durante esse processo. Porque o povo é inteligente, é sábio. Por isso tem reconduzido esse projeto político que tem o objetivo de trabalhar em prol do cidadão”.

O pedetista afirmou, ainda, que sempre que for à tribuna vai demonstrar respeito e enaltecer o trabalho da Polícia Militar, Civil e do Corpo de Bombeiros. Ele questionou ainda que deputados federais não tenham trabalhado em prol de uma legislação que busque inviabilizar a entrada de drogas e armas ilegais no Brasil. “Esses projetos e ações, não vi. Só vi essa celebração das ações das facções, em detrimento da coragem dos policiais”.