Nas últimas semanas, governador Camilo Santana tem criticado posicionamentos da oposição, que ele chama de “raivosa” e “intolerante“. Foto: Reprodução/Facebook.

A despeito de todo investimento feito pela gestão do governador Camilo Santana na área da Segurança Pública, ainda é motivo de preocupação os índices de violência no Estado do Ceará.

A oposição tem atuado na cobrança de medidas que deem resultado mais concreto, principalmente, no que diz respeito ao combate às chamadas facções criminosas que têm levado pânico para as periferias da Capital e Interior do Estado.

No distrito de Campestre de Mouras, em Chorozinho, quatro corpos de jovens foram encontrados na manhã deste sábado (18). De acordo com as primeiras investigações da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), a chacina teria relação com a disputa de território por facções criminosas instaladas no Ceará.

Relatos dão conta de que pessoas estariam sendo expulsas de suas casas em bairros da periferia de Fortaleza e comerciantes denunciam ter que pagar pedágio para continuar com seus negócios abertos. Todas essas ações fazem parte de investigações em curso pela Polícia Civil do Estado. Apesar dos investimentos feitos, porém, o clima é de medo nas áreas mais periféricas do Ceará.

A oposição, claro, vem explorando a situação, uma vez que esta é a área com mais problemas no Governo Camilo Santana, assim como foi no seu primeiro mandato e nas gestões de seu antecessor, o ex-governador Cid Gomes, atualmente senador do Ceará.

Formada, principalmente, por agentes da segurança pública, a bancada oposicionista vem cobrando na tribuna das casas legislativas, em visitas a municípios do Interior, e em suas redes sociais, que algo seja feito para minorar a situação.

A base governista, por sua vez, insiste na argumentação de que investimentos foram feitos na área como nunca antes havia sido realizado por administrações passadas. É fato que muito se investiu na Polícia como um todo, mas o resultado desejado ainda está longe de acontecer. As cobranças da bancada oposicionista, com a chegada do período eleitoral, devem ser intensificadas, visto que esta é uma das áreas mais delicadas.

O deputado Soldado Noélio (PROS) tem argumentado que o Governo do Estado, ao invés de perseguir as facções criminosas, está querendo perseguir policiais militares, em alusão à realização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Associações de Militares, que investiga possíveis repasses de recursos para patrocinar motins de agentes da segurança pública, a exemplo daquele que ocorreu no Estado no início de 2020.

Deputado Delegado Cavalcante (PTB) é outro que vem aumentando o coro das críticas no que diz respeito à insegurança vivida no Ceará. Nesta semana, o parlamentar se posicionou duas vezes sobre a violência perpetrada por facções criminosas nos municípios de Morada Nova e Sobral.

Até as eleições do próximo ano, esse tema será usado incansavelmente pelos opositores do Governo. Cabe à gestão dar uma resposta, buscando meios de redução da criminalidade de forma concreta e efetiva.