Casarão da Família Gondim, em processo de tombamento, foi demolido no último dia 17 de julho. Foto: Divulgação.

Os vereadores da Câmara Municipal de Fortaleza debateram, nesta semana, sobre tombamento e manutenção de prédios históricos na capital cearense.

O pedetista Didi Mangueira citou uma professora da Universidade de Fortaleza (Unifor), onde ela aponta a existência de “gargalos” na Lei Municipal de Tombamentos – nº 9347-2008 – como a falta de incentivos para manutenção e recuperação dos espaços e mostrando que é preciso tratar com muito cuidado e responsabilidade o assunto.

Mangueira disse ter acompanhado casos de tombamentos na capital e lembrou que, caso um imóvel tombado seja vendido a outra pessoa, o novo proprietário poderá fazer alterações no espaço com autorização do Poder Público. Lembrou também do atual dono da Casa do Português, localizada no bairro Damas, que foi autuado por fiscais da Prefeitura por estar pintando as paredes da casa.

O vereador Márcio Martins (PROS), líder da oposição, fez coro ao discurso de Didi Mangueira. “Fiquei feliz com a abordagem do Didi. Só em estarmos discutindo os patrimônios culturais desta cidade, eu estou satisfeito. Porque o olhar da cidade é que a Câmara Municipal vira as costas para o patrimônio cultural desta cidade. Este é o olhar de vários arquitetos, urbanistas e entusiastas culturais, têm desta Casa”, relatou.

Martins fez críticas ao secretário Júlio Santos, da Secretaria Regional 12 (Centro), afirmando que a ordem de demolição do Casarão da Família Gondim, localizado no Centro, partiu dele.

Por fim, Márcio pediu ajuda ao secretário de Cultura de Fortaleza, para restaurar a Casa do Português, citada por Didi. Segundo o oposicionista, em breve, “vamos amanhecer com o local no chão”.