Pelo contrato, seriam compradas 20 milhões de doses do imunizante, ao custo de R$ 1,6 bilhão. Os documentos da transação estavam sob sigilo. Foto: Reprodução.

Diário Oficial da União publicou nesta sexta-feira (27) a rescisão unilateral do contrato do Governo Federal com a Precisa Medicamentos – farmacêutica que intermediava a venda da vacina Covaxin, produzida pela farmacêutica indiana Bharat Biotech.

A decisão do Governo se dá logo após a Justiça Federal do Distrito Federal mandar quebrar o sigilo dos documentos da transação comercial, imposto pelo Ministério da Saúde.

Pelo contrato seriam compradas 20 milhões de doses do imunizante, ao custo de R$ 1,6 bilhão. Em junho, após denúncias de irregularidades envolvendo a compra dos imunizantes se tornar alvo da CPI da Covid do Senado, a suspensão do acordo foi anunciada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

No mesmo mês a fabricante Bharat Biotech anunciou a rescisão de seu contrato com a Precisa. Em nota divulgada na época, a farmacêutica indiana afirmou que o contrato celebrado com a empresa brasileira para introduzir a vacina Covaxin no Brasil havia sido suspenso “com efeito imediato”.

CPI

Documentos enviados pelo Ministério das Relações Exteriores à CPI revelaram que o valor de US$ 15 por dose negociado pelo governo brasileiro para a compra do imunizante era superior ao estimado pela Bharat Biotech.

Em comunicado publicado em junho, a Precisa Medicamento havia informado que o preço praticado no Brasil estava em conformidade com os custos para o mercado global.

Com informações da Agência Brasil.