A vacina vem sendo usada em 69 países e tem eficácia comprovada de 91,6%. Foto: Reprodução.

Nesta quinta-feira (05), o governador do Ceará, Camilo Santana, usou as redes sociais para informar que os governadores do Consórcio Nordeste decidiram suspender o contrato de compra de 37 milhões de doses da vacina Sputnik V da Rússia contra a Covid-19. Só para o Ceará estava previsto cerca de 5,5 milhões de doses.

O motivo teria sido as limitações impostas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e as barreiras para efetivação da importação do imunizante pelo Governo Federal.

O governador ainda disse que diante a lentidão do Governo Federal no fornecimento de vacinas para os estados, vem buscando todas as formas da aquisição direta junto aos laboratórios para acelerar a vacinação, principalmente com a ameaça da nova variante Delta.

O chefe do Executivo ressaltou que a vacina Sputnik V vem sendo usada em 69 países e tem eficácia comprovada de 91,6%.

“Seguimos firmes agora para a aquisição de mais 3 milhões de doses da Coronavac para os cearenses, através de contrato direto com o Instituto Butantã. Repito o que tenho dito: só descansarei quando todos os cearenses estiverem vacinados”, disse Camilo Santana.

Importação excepcional

A Anvisa havia aprovado a importação excepcional e o uso controlado da vacina Sputnik V pelos estados brasileiros, dentre eles o Ceará, em junho passado. Dessa forma, as doses que chegariam ao estado seriam para a aplicação observada em adultos saudáveis e acompanhamento ativo de eventos adversos, com uso somente 1% da população.

Mas a Anvisa apontou uma série de exigências em razão da falta de documentos e de possíveis riscos identificados no imunizante. Entre os condicionantes estão limites para os lotes e testagem das vacinas para averiguar determinados aspectos, como riscos decorrentes do uso da tecnologia de vírus inativado.

A Anvisa também condicionou a aplicação das vacinas à autorização pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS).

Os Estados cuja importação foi autorizada também precisam realizar estudos de efetividade.

Com informações da Agência Brasil.