Deputado Osmar Baquit pediu coerência de Delegado Cavalcante, que evitou o confronto direto. Foto: ALECE.

Os deputados da Assembleia Legislativa do Ceará iniciaram e terminaram as plenárias desta semana tentando encontrar os “culpados” pelo aumento do preço dos combustíveis no Brasil.

Mais uma vez o assunto foi pauta na Casa durante sessão híbrida, onde camilistas apontam o Governo Federal como responsável e bolsonaristas defendem a tese de que os governadores têm culpa por não reduzir impostos locais.

Osmar Baquit (PDT) lembrou que em 2003, ainda na gestão do governador Lúcio Alcântara, foi criado o Fundo Estadual de Combate à Pobreza (Fecop), bem como a taxação do combustível. Ele lembrou que a aprovação da medida contou com o voto favorável do deputado Delegado Cavalcante (PTB), que tem criticado o Governo do Estado pelo alto preço dos combustíveis.

“É irresponsável acusar Camilo Santana se isso foi algo ocorrido há muito tempo e, inclusive, deputados que hoje criticam votaram a favor na época”, disse. Ainda no campo da discussão político-partidária, Baquit questionou Cavalcante por críticas que faz aos ex-presidentes Lula e Dilma, enquanto defende Roberto Jefferson, presidente do PTB nacional, que está preso por ameaças aos ministros do Supremo Tribunal Federal.

Outros deputados entraram na discussão e defenderam a gestão de Camilo sobre o aumento dos combustíveis. Leonardo Pinheiro (PP) destacou a importância do ICMS para tornar possível a existência de ações em prol das pessoas mais carentes. Nizo Costa (PSB) defendeu a política de redução do imposto sobre o óleo para os transportes complementares. Já Fernando Hugo (PP) criticou o comportamento do presidente Jair Bolsonaro, frisando a necessidade de se fazer mais política pelo povo, ao invés de contendas.

Coube ao Delegado Cavalcante se posicionar em defesa do presidente do seu partido, Roberto Jefferson, que ele diz estar preso injustamente. Para o deputado, o inquérito iniciado pelo ministro Alexandre de Moraes contra Jefferson não tem respaldo legal. Ele voltou a defender o que chamou de “levante” para o dia 7 de Setembro, quando adeptos do Governo Bolsonaro devem ir às ruas protestar contra o Supremo.