Grupo conta com pretensos candidatos do campo conservador. No entanto, ficarão livres para apoiar qualquer nome a governador e presidente. Foto: Divulgação.

Durante o período de férias, lideranças políticas de todas as agremiações se reuniram, discutiram metas e visitaram bases eleitorais já de olho no pleito do próximo ano. Alguns deputados e vereadores de Fortaleza também resolveram se unir em torno de uma chapa única, visando a conquista de votos suficientes para garantir cadeiras na Câmara Federal.

O grupo é formado por parlamentares, ex-vereadores, suplentes e candidatos derrotados em eleições passadas. Eles ainda não definiram para qual partido devem migrar com a “janela partidária” a ser aberta em março do próximo ano, mas devem estar reunidos em uma única legenda, já que pelas regras eleitorais atuais, não há espaço para coligação em disputa proporcional.

No sábado passado (31), o grupo se reuniu pela primeira vez, e definiu que tem como objetivo eleger até dois deputados federais nas eleições de 2022. Estiveram presentes no encontro o deputado federal Vaidon Oliveira (PROS), os vereadores de Fortaleza, Julierme Sena (PROS) e Wellington Sabóia (Brasil), os ex-vereadores Márcio Cruz e Pedro Matos, além de algumas lideranças políticas como Dr. Guimarães, Damião Tenório, Dr. Agripino e Pastor Abraão.

De acordo com Welington Saboia, que atuará como uma espécie de articulador político, a ideia é montar uma chapa proporcional deixando a majoritária livre, ou seja, os participantes terão a liberdade para apoiar o candidato a governador de sua preferência, para não interferir no resultado final.

“Esse foi o primeiro encontro, vamos ampliando o grupo procurando manter uma equidade e criar uma disputa saudável dentro do próprio bloco para levar dois representantes a Brasília com o intuito de defender o nosso Estado. Para atingirmos nosso objetivo, é preciso paciência, estudo, união e respeito às individualidades, esse foi o sentimento da primeira reunião”, disse.

O grupo é composto, majoritariamente, por políticos da ala conservadora, mas de acordo com Márcio Cruz, não foi a unidade em defesa de um nome para a Presidência da República. Ele, por exemplo, se coloca como político opositor ao presidente Jair Bolsonaro. Julierme Sena, por sua vez, é um dos principais defensores do chefe do Executivo Federal na Câmara Municipal de Fortaleza.

Apesar de o grupo ainda não ter definido um partido específico para ingresso dos membros envolvidos neste projeto, tudo indica que eles ingressem no PROS, partido que deixará de ter o comando do deputado federal Capitão Wagner no próximo ano, pois pretende ingressar no PSL.