Foto: Ministério da Saúde.

Representante da Defensoria Pública da União (DPU) em Fortaleza participou de reunião na sede do Laboratório de Inovação e Dados do Governo do Ceará (Íris LabGov), para iniciar a elaboração de um sistema operacional mais transparente para que o cidadão e os órgãos de fiscalização consigam acompanhar o andamento das filas de cirurgias eletivas do Ceará.

Nesse primeiro encontro, realizado na terça-feira (03), foram mostradas a dinâmica do usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) que se encontra nas filas por cirurgias eletivas, com o objetivo de mapear como o serviço é prestado atualmente, como deveria ser e levantar seus pontos críticos, a fim de desenvolver uma melhor plataforma de publicização das filas, garantindo transparência ao sistema.

Além da DPU, participaram da reunião representantes da Justiça Federal do Ceará, do governo do Estado do Ceará, do Município de Fortaleza, do Ministério Público Federal, da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) e da Universidade do Ceará.

Atualmente, o sistema de gestão e regulação das cirurgias no Ceará é o FastMedic, que apesar de ter sido um avanço inovador, ainda precisa de melhorias por não abranger os dados de todos os hospitais do estado e prestar difícil acesso ao serviço para usuário.

De acordo com a defensora pública federal, Lídia Ribeiro Nóbrega, que representou a DPU na reunião, “o propósito é desenvolver novo sistema de gestão e regulação das cirurgias, que seja transparente para os usuários acompanharem o andamento das filas, pensando no trabalho que já havia sido feito, no que já se avançou e nos problemas que ainda existem para criar nova proposta de sistema para o acompanhamento das filas de cirurgias eletivas”, esclareceu.

Como tudo começou

A DPU em Fortaleza acompanhava, desde 2017, uma ação coletiva que busca a regularização e transparência das filas de cirurgias eletivas no Ceará.

As discussões acerca da implantação de melhorias para o sistema foram iniciadas a partir do cumprimento de uma sentença relacionado a um processo específico sobre cirurgias eletivas ortopédicas no Ceará, que acabaram sendo ampliadas. Aqueles chamados a atuar no processo começaram a identificar problemas, como inexistência de filas bem organizadas de cirurgias ortopédicas – cada serviço tinha sua própria fila – e inexistência de sistema eletrônico para acompanhamento pelo usuário.

Posteriormente, por meio de diálogos interinstitucionais com gestores de cada serviço, a fim de resolver parte dos problemas identificados, foram desenvolvidos softwares como o Sistema Integrado de Cirurgias (SIC) e Fast Medic, mas que ainda precisam de melhorias por não abranger os dados de todos os hospitais e ainda promoverem difícil acesso ao usuário.

Fonte: site do DPU.