O requerimento para oitiva de Ricardo Barros (PP/PR) foi apresentado pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania). Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados.

A CPI da Covid ouve nesta quinta-feira (12), a partir das 9h30, o líder do Governo na Câmara, deputado Ricardo Barros (PP/PR), suspeito de ser o mentor por trás das supostas irregularidades na compra da vacina Covaxin.

O nome dele teria sido mencionado pelo presidente Jair Bolsonaro, segundo apontou o deputado Luis Miranda (DEM/DF) em depoimento à CPI no final de junho.

Aos senadores, Miranda disse que o presidente Bolsonaro tinha a desconfiança da atuação do deputado em torno das pressões no Ministério da Saúde em favor da vacina da empresa indiana Bharat Biotech.

Senadores também buscarão esclarecer a relação de Barros com Francisco Maximiano, dono da Precisa Medicamentos, que teria intermediado a venda de vacinas da Covaxin para o Ministério da Saúde.

Maximiano é sócio de outra empresa, a Global Gestão em Saúde, que intermediou contrato suspeito com o Ministério da Saúde, quando Barros chefiava a pasta. Barros foi ministro entre 2016 e 2018, durante o governo Michel Temer.

Sugerida pelo senador Alessandro Vieira (Cidadania/SE), a oitiva estava prevista para ocorrer antes do recesso parlamentar, mas foi adiada, o que levou Ricardo Barros a ingressar no Supremo Tribunal Federal (STF) com um pedido para determinar que a CPI tomasse seu depoimento ainda em julho. O ministro Ricardo Lewandowski indeferiu o pedido, mas garantiu ao deputado acesso aos documentos reunidos pela CPI que o envolvam.

Parte desses documentos foi obtida por meio da transferência dos sigilos telefônico, fiscal, bancário e telemático do deputado Ricardo Barros, aprovada pela CPI.

Fonte: Agência Senado.