A vereadora Larissa Gaspar repudiou a morte do feirante, afirmando que acompanhará o caso para que haja apuração rigorosa dos fatos. Foto: Divulgação.

A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Fortaleza deliberou na manhã desta quinta-feira (19) que irá convidar os titulares de algumas pastas da Prefeitura de Fortaleza para que prestem esclarecimentos e apontem soluções para os conflitos que vêm ocorrendo com feirantes da Rua Jose Avelino, que resultou na quarta-feira (18) na morte de um trabalhador.

O assunto também voltou a ser tema no plenário da Assembleia Legislativa, onde alguns deputados apontaram medidas a serem tomadas para evitar confrontos futuros entre ambulantes e agentes do poder público.

De acordo com o que ficou deliberado no colegiado da Câmara Municipal de Fortaleza, serão convidados para audiência na Casa Legislativa representantes da Secretaria Municipal de Segurança Cidadã (Sesec), Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis), Secretaria Municipal do Desenvolvimento Econômico (SDE), Regional do Centro e Secretaria dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social de Fortaleza (SDHDS).

A presidente da Comissão dos Direitos Humanos, a vereadora Larissa Gaspar (PT), repudiou a morte do feirante, afirmando que acompanhará o caso para que haja apuração rigorosa dos fatos e exigirá políticas públicas que garantam condições dignas de trabalho para os trabalhadores.

Na tribuna da Assembleia Legislativa, o deputado Renato Roseno (PSOL) lembrou que o conflito no local é antigo e envolve inclusive a legislação urbanista. Para ele, o “aparato repressivo para solucionar um problema socioeconômico urbanístico não é a solução”. O socialista destacou que o uso da força repressiva ocasiona mais conflitos e incita a confusão.

“Estamos no meio de uma grande crise econômica. As pessoas estão tentando sobreviver. Não podemos ficar usando de força para conter conflitos. A força repressiva é a ausência da linguagem, falta de capacidade de mediação”, ressaltou Roseno.

O deputado Diego Barreto (PTB) se posicionou em defesa dos agentes da Guarda Municipal, que segundo ele, “estavam cumprindo com o que foi designado para fazer”.

A deputada Dra. Silvana (PL) lamentou o ocorrido, principalmente, devido a morte de um feirante durante momento de trabalho.