O governador Camilo Santana fez questão de estar ao lado do ex-presidente Lula durante quase toda sua estada no Ceará. Foto: Reprodução/Twitter.

Este Blog mostrou, em publicação na segunda-feira (23), que o senador Eduardo Girão (Podemos) demonstrou incômodo com o fato de o governador Camilo Santana não ter ido recepcionar o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em visita ao Metrofor, pois estava acompanhando o ex-presidente Lula.

O deputado Acrísio Sena (PT), em nota, afirmou que Girão criticou o chefe do Executivo estadual de forma “leviana” e que o correligionário petista agiu certo ao estar do lado do líder de seu partido.

Senador Girão critica encontro de Camilo Santana com ex-presidente Lula

Em publicação em suas redes sociais, Eduardo Girão disse que “espera-se do gestor público que fiscalize o uso de recursos”. Ele lembrou que esteve com Rogério Marinho na sexta-feira (20), visitando as obras do Metrofor em Fortaleza, enquanto o governador estava “fazendo sala para político envolvido em corrupção. Essa inversão de valores indigna o cidadão de bem”.

Na nota enviada para este Blog, o deputado Acrísio Sena afirmou que o senador aproveitou suas postagens para chamar o ex-presidente Lula de corrupto: “Ao nosso ver, ao contrário, Camilo Santana agiu corretamente ao acompanhar Lula, que, por sinal, está sendo absolvido aos poucos de todos os processos aos quais responde”.

Para Acrísio, a visita de Lula “demonstrou como se faz política de forma democrática e republicana, dialogando com movimentos sociais e adversários políticos, tão diferente da agenda bolsonarista – defendida por Girão na CPI da COVID”.

Sena destaca também as denúncias de corrupção que vêm sendo direcionadas ao presidente da República, Jair Bolsonaro.

“Não à toa, é crescente a popularidade do ex-presidente Lula. Isso representa o desejo da população por mudança no cenário nacional. A propósito, a referida visita ministerial, tão aclamada por Girão, serviu apenas para demarcar mais uma promessa de repasse financeiro para o Estado – mais uma entre muitas que não foram concretizadas pelo governo Bolsonaro”, pontou.