Daniel Silveira (PSL/RJ) faz parte da base de apoio do presidente Bolsonaro. Foto: Gustavo Sales/Câmara dos Deputados.

A defesa do deputado federal Daniel Silveira (PSL/RJ) tem 48 horas para explicar ao Supremo Tribunal Federal porque o parlamentar teria solicitado asilo diplomático a quatro países.

Esta foi a determinação do ministro Alexandre de Moraes, responsável pelos inquéritos que apuram denúncias contra o parlamentar, que está preso acusado de cometer crimes como os de pregar a volta da ditadura militar e ofender juízes do STF.

A notícia de que Silveira pretendia pedir asilo diplomático foi publicada pelo site Metrópoles. Segundo a publicação, o parlamentar teve quatro solicitações recusadas. A defesa do deputado, disse o site, não revelou a quais embaixadas foram endereçadas as solicitações, mas diz que três foram para países europeus e uma para a representação de um país asiático.

Na segunda-feira (05), o ministro havia homologado acordo de transação penal firmado entre a Procuradoria-Geral da República e o deputado do PSL do Rio e aplicou-lhe a pena de multa no valor de R$ 20.177,91, em razão de desacato a uma servidora pública do IML do Rio de Janeiro.

No dia 24 de junho, diante de repetidas violações ao monitoramento eletrônico imposto como substituição à prisão cautelar, o ministro determinou a volta de Silveira à prisão no Batalhão da Polícia Militar.

Silveira é acusado pela PGR de praticar agressões verbais e graves ameaças contra ministros do Supremo para favorecer interesse próprio, em três ocasiões; incitar o emprego de violência e grave ameaça para tentar impedir o livre exercício dos Poderes Legislativo e Judiciário, por duas vezes; e incitar a animosidade entre as Forças Armadas e o STF, ao menos uma vez.

Considerado um parlamentar despreparado para o cargo e até desequilibrado, Daniel Silveira se orgulha de ter sido preso “mais de 90 vezes” pela Polícia Militar do Rio de Janeiro, pelos delitos que cometeu. O deputado, que diz ser professor de luta, ficou famoso ao bater numa placa de rua com o nome da vereadora Marielle Franco (Psol/RJ), assassinada em 2018.

Entre as arruaças de Silveira estão a invasão de um colégio, para contestar o método de ensino da escola e a agressão a um jornalista, por não gostar das suas perguntas.

Fonte: site ConJur.