Em 2020, o PSOL elegeu seu primeiro prefeito no Ceará e dois vereadores em Fortaleza. Foto: Divulgação.

Faltando pouco mais de um ano e dois meses para as eleições gerais de 2022, muitos partidos políticos já se articulam internamente, buscando a melhor alternativa para eleger o maior número de representantes nas casas legislativas.

O PSOL, atualmente com apenas um nome na Assembleia do Ceará, pretende eleger mais um quadro para a Casa. Para isso, manterá a estratégia de lançar um nome ao Governo do Estado, visando apresentar as diretrizes do partido à população.

O partido acredita que, a exemplo do que ocorreu em 2020, quando elegeu um prefeito no Ceará e dois vereadores na Câmara Municipal de Fortaleza, em 2022 terá chances de se apresentar para um maior número de eleitores.

De acordo com o deputado estadual Renato Roseno (PSOL), a legenda precisa ultrapassar a chamada “cláusula de barreira”, que determina que os partidos tenham que alcançar determinado número de votos ou de representantes na Câmara Federal para manter alguns direitos partidários.

“Nos cabe dizer que existe no Ceará uma agremiação de esquerda ideológica que não falta à sua participação na história. Fizemos críticas ao governador do PT, denunciamos quando o reacionarismo se apresentou, fomos contra o golpe. Em 2018, fomos contra a extrema-direita. Nós queremos crescer na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional”, afirmou o psolista.

Roseno pode ser candidato a um terceiro mandato na Assembleia Legislativa ou tentar uma das 22 vagas na Câmara Federal. Outras lideranças do PSOL no Estado devem se colocar em busca de mais uma vaga para a legenda no Legislativo cearense. “A gente tem que aumentar nossa bancada na Assembleia. É importante elegermos companheiras e companheiros, da mesma forma que ocorreu em Fortaleza, com dois eleitos que são símbolos de renovação”, disse.

Ele reafirmou que o PSOL não concorda com o projeto em curso no Ceará há pouco mais de 15 anos, que em sua opinião, não conseguiu aplicar uma agenda econômica que diminuísse a situação de miséria do Estado. “A agenda econômica desse grupo não é inovadora. Mesmo nos marcos atuais, poderiam, em 16 anos, ter uma agenda econômica mais robusta. Você vê a atração de indústria suja, o que é um equívoco grande dessa aliança PT e PDT, que não conseguiu inovar na questão da agenda econômica e política”, criticou.