A abertura da investigação foi autorizada em abril de 2020 pelo então relator, ministro Celso de Mello, que se aposentou. Foto: Carlos Moura/STF.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, prorrogou na terça-feira (20), por mais 90 dias, o inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro interferiu na Polícia Federal.

O caso foi iniciado pela Procuradoria-Geral da República no ano passado, depois que Sergio Moro, ex-ministro da Justiça, levantou a acusação contra Bolsonaro.

Esta é a terceira vez que o inquérito é prorrogado. O mesmo foi feito por Alexandre em 22 de abril e 15 de dezembro do ano passado.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações, nos termos previstos no artigo 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 dias, contados a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de julho), o presente inquérito”, disse o ministro.

A abertura do inquérito foi autorizada em abril de 2020 pelo então relator, ministro Celso de Mello. O magistrado, agora aposentado, entendeu que os crimes supostamente praticados por Bolsonaro, conforme narrado por Moro, podem ser conexos ao exercício do mandato presidencial.

Celso de Mello também considerou que o inquérito não pode ser sigiloso, como forma de garantir o direito de liberdade de imprensa e o amplo acesso da população aos autos.

Até o momento, o Plenário do Supremo não decidiu sobre como deve ser feito o depoimento de Bolsonaro, se presencialmente ou por escrito. A apreciação do tema chegou a ser agendada para 24 de fevereiro, mas acabou não acontecendo.

Fonte: site ConJur.