André Figueiredo está no quarto mandato de deputado federal. Já foi ministro das Comunicações entre os anos de 2015 e 2016 no Governo Dilma Rousseff (PT). Foto: Reprodução/YouTube.

O deputado federal e presidente estadual do PDT/Ceará, André Figueiredo, acredita que haverá continuidade da aliança entre a sua agremiação e o PT na sucessão de Camilo Santana (PT) no governo cearense, independente de candidaturas distintas dos partidos para a presidência da República, acrescentando que Camilo é o candidato que o PDT apoiará na disputa pela única vaga de senador em 2022.

Além disso, ele lembrou do último pleito presidencial, ocorrido em 2018, onde Camilo subiu no palanque dos presidenciáveis Fernando Haddad (PT) e de Ciro Gomes (PDT).

Sobre Camilo, o pedetista crê numa postulação ao Senado Federal, nas Eleições Gerais de 2022, deixando o comando do Estado para a vice-governadora Izolda Cela, a partir de abril do próximo ano.

Segundo o presidente do PDT, a sigla terá candidatura própria para o governo cearense. O partido tem vários nomes para concorrer ao Executivo estadual, diz o deputado André, apontando dentre outros, os nomes do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio; do secretário estadual e deputado federal Mauro Filho; do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão; e do senador e ex-governador, Cid Gomes, que não fez nenhuma manifestação nesse sentido, mas é um dos “fortes nomes” apontados por André Figueiredo.

Ciro Gomes

A respeito da candidatura de Ciro Gomes à presidência da República, em 2022, o pedetista classifica como “irreversível”. Em referência à polarização existente entre o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, é encarada por ele como uma disputa “interessante para ambos”, no sentido de que eles retroalimentam-se. O ex-ministro das Comunicações citou a busca por alianças para o nome de Ciro, no âmbito nacional, dentro do espectro centro-democrático.

Ademais, Figueiredo critica a forma de governar do presidente Bolsonaro. “Nós, do PDT, temos a clara convicção que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) não pode continuar. Nós cremos na importância de uma ‘terceira via’ para termos um caminho totalmente diferente dos caminhos seguidos por Bolsonaro à frente do poder”, pontuou.

Bancada

A manutenção dos números de deputados estaduais na Assembleia e de federais na Câmara dos Deputados é uma meta a ser cumprida pelo Partido Democrático Trabalhista em 2022.

Segundo o pedetista, sua agremiação está trabalhando em captar nomes fortes de partidos pequenas, além de abrir as portas à candidaturas de lideranças políticas do interior cearense e candidaturas femininas.

Privatizações

Sobre a privatização das empresas estatais Correios e Eletrobras, em discussão no Congresso Nacional, o deputado do PDT classifica como “crime de lesa-pátria”. Conforme ele, nenhum país com dimensões geográficas como as do Brasil, tem seu serviço postal privatizado, e, com a venda da estatal, a empresa vencedora do leilão não terá condições de atender a todos os municípios brasileiro. Foi citado o exemplo dos Estados Unidos, um dos berços do capitalismo mundial, que tem uma empresa pública de serviços postais.

Figueiredo cita números positivos que os Correios têm, iniciados em sua gestão como ministro das Comunicações, entre 2015 e 2016, no mandato da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). No tocante a Internet 5G no Brasil, o parlamentar enxerga que o País está atrasado, por ainda não ter desenvolvido esta tecnologia em seu território.

Confira a entrevista que o deputado André Figueiredo concedeu ao jornalista Edison Silva para este Blog: