”O estigma associado à menstruação faz com que pessoas que menstruam sejam afastadas de determinadas atividades. Uma a cada quatro já faltou aula por não poder comprar absorventes”, comenta José Guimarães. Foto: Reprodução/ Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados

No mês de maio, foi apresentado à Câmara Federal, o Projeto de Lei (PL) 1702/21, do deputado cearense José Guimarães (PT-CE), institui a Política de Conscientização acerca da Menstruação e de Universalização do Acesso a Absorventes Higiênicos no âmbito do Sistema Único de Saúde (Menstruação sem Tabu).

Com a medida, José Guimarães pretende acatar a chamada ”pobreza menstrual” de diversas formas. Entre elas, estão previstas ações de educação em saúde, fornecimento gratuito de absorventes e redução a zero das alíquotas de impostos federais sobre absorventes, a fim de facilitar o acesso das pessoas mais pobres a eles.

”Em nosso país, aproximadamente 30% da população menstrua. No entanto, uma grande parcela dessas pessoas não tem acesso a meios adequados de contenção do sangue menstrual”, ressaltou Guimarães, com base em notícias veiculadas pela imprensa.

”Estima-se que 23% das meninas entre 15 e 17 anos não podem adquirir produtos para usar durante a menstruação e, por causa disso, têm de utilizar métodos inseguros, como pedaços de jornal e trapos de tecido. Entre as pessoas em situação de rua, o problema é ainda mais evidente. Algumas usam sacolas e papel higiênico para conter o sangue”, afirmou o parlamentar.

O cearense acrescenta que a pobreza menstrual leva as pessoas a usarem alternativas inadequadas do ponto de vista da higiene, o que aumenta o risco de infecções urinárias e genitais, de irritações cutâneas e ainda de episódios de ansiedade e depressão. ”O estigma associado à menstruação faz com que pessoas que menstruam sejam afastadas de determinadas atividades. Uma a cada quatro já faltou aula por não poder comprar absorventes”, conclui  José Guimarães.

Fonte: Câmara dos Deputados