“Nesses meus 30 anos de política nunca vivi momentos tão difíceis”, disse o vereador Carlos Mesquita. Foto: CMFor.

Desde o ano passado vem aumentando o número de vereadores que vez ou outra reclamam, durante as sessões ordinárias, de ataques virtuais que sofreram nas redes sociais. Durante a plenária desta quarta-feira (09) na Câmara Municipal de Fortaleza, mais uma vez, os parlamentares criticaram tais ações e voltaram a solicitar que medidas fossem tomadas pela Casa.

O número de ataques contra os vereadores cresce principalmente quando da votação de matérias polêmicas no Legislativo Municipal. A bancada da base aliada, geralmente, é a mais visada por esse tipo de ação. No entanto, opositores da gestão também já foram à tribuna reclamar de atos desse tipo.

Recentemente, a vereadora Larissa Gaspar (PT) teve uma “live” invadida por hackers que ofenderam a parlamentar e mais de 50 profissionais de Psicologia e Serviço Social que participavam do encontro virtual.

Cláudia Gomes (DEM) também foi vítima de ataques na semana passada, com celular clonado e pessoas se passando por ela, pedindo dinheiro a seus amigos.

Durante a sessão ordinária desta quarta-feira (09), o vereador Carlos Mesquita (PDT), que também passa por algo parecido, desabafou. “Nesses meus 30 anos de política nunca vivi momentos tão difíceis. Queria me solidarizar com a vereadora Cláudia (Gomes) pelas coisas que estão fazendo com ela nas redes sociais. Infelizmente, hoje a Internet é de todo mundo e você se depara com pessoas esculhambando, inventando coisas, pedindo dinheiro. Muitos aqui já sofreram esse tipo de ataque nas redes sociais”, disse o pedetista afirmando que já chegou a ser ameaçado de morte.

Cláudia Gomes defendeu leis mais rígidas em relação a utilização das redes sociais. “É algo muito grave, muito sério. A gente não consegue alcançar a todas as pessoas. Já vi situações graves com outras pessoas por conta desses golpes. É preciso ter muito cuidado”, defendeu a democrata.