Gardel Rolim foi escolhido presidente da Comissão Especial do Plano. Foto: CMFor.

Um dos principais documentos da cidade, o Plano Diretor de Fortaleza está defasado desde 2019, quando deveria ter sido revisado e não o foi. A Câmara Municipal escolheu, há duas semanas, os membros da Comissão Especial que deve se debruçar sobre o projeto a ser enviado pela Prefeitura, e de acordo com o presidente do colegiado, o vereador Gardel Rolim (PDT), toda a discussão sobre essa proposta deve ser concluída somente no primeiro semestre de 2022.

Conforme lembrou, o Plano Diretor deve ser revisado a cada dez anos, prazo assegurado no Estatuto das Cidades. A última revisão do documento ocorreu em 2009, ainda na gestão da ex-prefeita Luizianne Lins. Em 2019, o debate sobre um novo Plano deveria ter sido iniciado e não o foi.

De acordo com Gardel, em 2020, devido a pandemia do novo coronavírus essa discussão foi inviabilizada, já que um dos pré-requisitos para realização dos debates são os fóruns territoriais nos bairros.

“Esses debates não poderiam acontecer e foi protelado para 2021 e ainda não conseguimos iniciar por conta da pandemia. Nosso cronograma é esperar que nosso povo seja imunizado em 70%, e esperamos que isso aconteça no segundo semestre, e com a cobertura vacinal, a gente possa começar a realizar esses fóruns”, defendeu.

Os debates iniciais, que devem ser coordenados pela Secretaria de Urbanismo e Meio Ambiente, vão ter início pela periferia da cidade. Em seguida, após a formulação de um projeto de Lei que será encaminhado para a Câmara Municipal, a Casa fará seu papel de debater com a sociedade, através de audiências públicas.

“Os debates devem ficar para o segundo semestre deste ano até o primeiro semestre de 2022”, afirmou Gardel ao Blog do Edison Silva. “O Plano Diretor vai apontar os destinos do desenvolvimento e crescimento da cidade, mostrando onde se pode construir, a altura dos prédios, as nomenclaturas da vias. Tudo isso vai colaborar com a retomada do desenvolvimento da economia. Que venha a estimular os pequenos e médios empreendedores a ampliar seus negócios para garantir a manutenção de Fortaleza como o maior PIB do Nordeste do Brasil”.