Candidato derrotado nas eleições de 2002 ao Governo do Estado, o hoje deputado federal José Airton Cirilo (PT) continua sua saga em busca de uma candidatura própria do Partido dos Trabalhadores à sucessão do governador Camilo Santana (PT).
O parlamentar levará a discussão para as instâncias internas da agremiação que decidirá se terá um candidato ao Palácio da Abolição em 2022 ou apoiará uma estratégia junto com a base governista no Estado.
Atualmente, o que está colocado na mesa para o PT é uma eventual candidatura de Camilo Santana ao Senado Federal, o que faria com que ele deixasse o Governo do Estado em abril próximo, seis meses antes do pleito eleitoral.
Em seu lugar, assumiria a vice-governadora Izolda Cela, do PDT, sondada como pré-candidata da sigla para assumir o Executivo em 2023. Outros nomes pedetistas colocados como pretensos candidatos são o do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, e do secretário da Fazenda, deputado federal Mauro Filho.
Em entrevista ao Blog do Edison Silva, recentemente, o presidente do PT Ceará, Antônio Filho, o “Conin”, afirmou que o partido estaria disposto a trabalhar pela candidatura do governador Camilo Santana ao Senado. Pedetistas também concordam com essa possibilidade e defendem que, passados dois mandatos de Governo petista, agora é o momento do PDT tentar o posto político mais alto do Estado.
No encontro que teve com Conin, o deputado José Airton fez um relato das conversas que teve nos últimos dias com a presidente nacional do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann; o ex-senador Eunício Oliveira (MDB); o líder do PT na Câmara, deputado federal Bohn Gass; e a deputada federal Luizianne Lins, que, segundo ele, também colocou seu nome à disposição do partido para concorrer ao Governo do Estado.
“Tratamos da conjuntura nacional e sobre os cenários políticos da sucessão do governador Camilo Santana e sobre a construção de um palanque forte e leal para o presidente Lula no Ceará”, divulgou José Airton. Ao Blog do Edison Silva, Conin confirmou que os assuntos tratados foram esses, mas não quis dar maiores detalhes sobre o que acontecerá no partido, uma vez que as decisões em instâncias internas do PT ocorrem através de votação dos diversos grupos que compõem a agremiação.
“Esse assunto vai ser pautado nas instâncias do partido e vamos iniciar um processo de diálogo, inclusive, com a militância do PT para aprofundar esse debate”, afirmou o deputado federal petista.