Epidemiologista Pedro Hallal e Jurema Werneck do Movimento Alerta. Fotos: Alessandro Dantas/PT no Senado e Agência Senado.

A CPI da Covid ouvirá nesta quinta-feira (24), a partir das 9h, o epidemiologista e pesquisador da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, que deve esclarecer dúvidas dos senadores sobre a relevância das medidas não farmacológicas no enfrentamento da pandemia.

O colegiado também convocou Jurema Werneck, representante do Movimento Alerta, que deve discorrer sobre dados coletados sobre mortes ocorridas por Covid-19.

Os depoimentos estavam previstos inicialmente para a sexta-feira (25), mas foram antecipados pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD/AM). Com a decisão, a audiência do assessor do Palácio do Planalto, Filipe Martins, previsto para esta quinta-feira, foi adiado.

Os requerimentos são de autoria do relator da CPI, Renan Calheiros (MDB/AL). Na justificação, ele explica que Pedro Hallal conhece a situação brasileira em relação à pandemia e as políticas públicas a serem adotadas nessa situação.

“Por ser gestor e médico, acadêmico e cientista de grande respeitabilidade nacional e internacional, certamente contribuirá para que os integrantes desta comissão possam avaliar os fatos com a profundidade que merecem”, ressaltou.

Já em relação a Jurema Werneck, Renan classificou sua participação como “necessária” para subsidiar os membros da comissão com informações e esclarecimentos vinculados ao seu objeto. Ele explicou no requerimento que o Movimento Alerta é formado por entidades da sociedade civil, como Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Oxfarm Brasil, Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), Anistia Internacional Brasil e Arquidiocese de São Paulo, que trabalharam na consolidação de dados e informações acerca das mortes ocorridas durante a pandemia.

“Nesse sentido há, inclusive, estudo feito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP), que faz levantamento e cálculo do excesso de mortalidade em cada estado da federação e analisa as internações e óbitos por covid-19, com foco nas falhas e problemas de qualidade de atendimento no sistema de saúde”, informou Renan no requerimento.

Fonte: Senado Federal.