Governador Camilo Santana participando de entrevista aos jornalistas do UOL nesta terça-feira (15). Foto: Reprodução/Youtube.
O governador Camilo Santana conversou nesta terça-feira (15), durante uma hora, com jornalistas do Uol, respondendo perguntas que variaram da vacina contra a covid-19 até a sucessão presidencial, passando por uma avaliação sobre a participação dos senadores cearenses Eduardo Girão e Tasso Jereissati na CPI da Covid, assim como o envolvimento de policiais na política.
Camilo admite que está avaliando a possibilidade de ser candidato ao Senado, dentro do projeto que ele representa.
Para o governador, o senador Eduardo Girão é bolsonarista e está agindo na CPI como um defensor do Governo Federal. Quanto ao senador Tasso, Camilo destacou a importância da sua participação na CPI, além das qualidades políticas do senador tucano, aproveitando para ressaltar a filiação partidária do secretário da Saúde do Ceará, Dr. Cabeto, e suas qualidades como profissional.
Para Camilo, o senador Girão representa Bolsonaro no Estado do Ceará.
O governador, na entrevista ao profissionais do UOL, ainda falou sobre o envolvimento de policiais na política, destacando o “motim” existente no Ceará, no início do seu segundo mandato de governador. Ele falou ter recebido em seu gabinete a visita de três ministros do Governo Bolsonaro, no meio do “motim” e eles pediam que o governador conversasse com os policiais para parar o movimento paredista e ele não cedeu. Hoje, segundo Camilo, algumas decisões sobre processos administrativos e disciplinares que respondem mais de duas centenas de policiais que participaram do movimento.
Camilo demonstra preocupação com o envolvimento de policiais na política com o estímulo do Governo Bolsonaro, acrescentando que políticos anteriormente ligados à corporação militar fazem política incentivando a rebeldia dos policiais.
O governador não decidiu para que lado penderá numa disputa entre Ciro e Lula pela Presidência da República. Para ele, ainda há tempo de conciliar interesses de ambos, por sinal muito elogiados por ele. Camilo também não disse se votou em Ciro ou em Haddad no primeiro turno da eleição presidencial de 2018.
Camilo lembrou que de há muito defende uma autocrítica da direção petista, sendo por isso criticado no partido. No segundo turno da eleição presidencial de 2018, ele disse ter procurado o candidato Haddad e sugerido que ele pedisse desculpas aos brasileiros pelos erros cometidos pelo PT para ressaltar os êxitos do Governo Lula.
Acompanhe no canal do Youtube do Blog do Edison Silva, as principais respostas dadas pelo governador Camilo Santana aos entrevistadores do UOL.
