Carlos Mesquita ainda não tomou a segunda dose da vacina e responsabiliza o Governo Federal. Foto: Reprodução/Youtube.

O vereador Carlos Mesquita (PDT), assim como muitos fortalezenses, está impossibilitado de tomar a segunda dose da vacina Coronavac devido a falta de insumos que deveriam ser enviados pelo Governo Federal. O parlamentar acusa o presidente Jair Bolsonaro pela má gestão da pandemia, chamando o chefe de Estado de “burro” por não ter aproveitado o momento para se viabilizar como o maior gestor da Saúde.

O pedetista, que chegou a elogiar algumas ações do Governo Federal nos últimos meses, também fez críticas ao senador Eduardo Girão (Podemos), que em sua avaliação, “só tem feito besteira” na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid e envergonhado os cearenses.

Em um pronunciamento carregado de emoção, Carlos Mesquita lamentou a morte da irmã, que em sua avaliação, não teria morrido caso a vacina contra o novo coronavírus tivesse chegado a Fortaleza 15 dias antes do falecimento.

“O Governo Federal, de forma errada, acabou não fazendo o que deveria ter feito. O presidente Bolsonaro, que atuou como ministro da Saúde, porque quem mandava era ele, foi quem mandou a Secretaria Municipal de Saúde usar todas as doses que ele garantia a segunda aplicação. Estou entrando com ação preventiva de morte, porque se eu morrer neste intervalo por Covid, meus familiares vão responsabilizar o Governo Federal”, disse Mesquita.

Na avaliação do vereador, Bolsonaro deveria ter aproveitado o momento para se apresentar como o maior presidente do País na gestão da saúde pública. “O presidente é burro. Ele quer ser considerado o pior presidente, vai ficar conhecido como o coveiro. Eu tinha respeito por algumas ações do Governo Bolsonaro, agora os ministros dizendo que ele é quem mandava, que não tinha liberdade para nada, que ele queria mudar a bula da cloroquina… Ele não se preocupou em nos dar uma vacina para que pudéssemos nos livrar desse vírus”.

De acordo com ele, o ato de não disponibilizar a segunda dose da vacina foi “uma sacanagem” com secretários de saúde dos municípios e estados, pois em sua avaliação, esses gestores foram induzidos a um erro que pode provocar a morte de pessoas.

Sobre o senador Eduardo Girão, o vereador afirmou que o parlamentar nunca contribuiu para ser eleito e só o foi graças ao apoio da Direita conservadora do Estado bem como o apoio dado pelo deputado federal Capitão Wagner.