Assembleia Legislativa possui nove deputados que fazem parte da oposição ao governo de Camilo Santana. Foto: Reprodução/Whatsapp.

Por motivos ideológicos, nos últimos anos, a oposição cearense nunca conseguiu unidade para fazer frente a uma candidatura governista. Nas últimas eleições gerais, por exemplo, o governador Camilo Santana, em 2018, foi reeleito com quase 80% dos votos do eleitorado do Ceará. Faltando menos de 1 ano e meio para o pleito de 2022, os oposicionistas seguem dispersos e sem um nome com relevância para a disputa que se avizinha.

Para se ter uma ideia, o segundo colocado nas eleições gerais passadas, General Theophilo, então no PSDB, obteve pouco mais de 11%  dos votos, sendo seguido pelo bolsonarista Hélio Gois (PSL), com 6,53% dos sufrágios, e 2,10% do socialista Ailton Lopes (PSOL).

Para 2022, o cenário que está sendo colocado mostra, mais uma vez, os oposicionistas à atual gestão em lados opostos e poucos nomes com potencial eleitoral.

Atualmente, o deputado federal Capitão Wagner (PROS) e seu grupo político são considerados a principal oposição contra o Governo do petista Camilo Santana. Wagner, inclusive, é apresentado como potencial nome à disputa ao Governo do Estado. No entanto, um dos empecilhos é, justamente, a possibilidade  de ficar sem mandato, caso não se consagre vitorioso em uma eventual disputa eleitoral.

Na avaliação do parlamentar, a oposição estará forte para as eleições gerais do próximo ano, e, caso seja necessário, ele irá para a disputa majoritária. Diferentemente do que ocorreu no pleito municipal do ano passado, quando Wagner se colocou como candidato a prefeito de Fortaleza mais de um ano antes da campanha, para a disputa do próximo ano ele prefere não antecipar como se comportará.

Eduardo Girão (Podemos) seria outro nome na oposição com viabilidade para a disputa, até porque seu mandato como senador tem duração até 2026. Entre os membros da bancada oposicionista, Wagner e Girão são os principais potenciais nomes apontados internamente. No entanto, eles acreditam que outras indicações podem aparecer nos próximos meses.

A bancada oposicionista de esquerda também não apresentou, até o momento, quadros com potencial eleitoral relevante para a disputa do próximo ano. Nos últimos anos, o PSOL tem sido a principal sigla do espectro político em oposição ao Governo, mas nenhum de seus candidatos apresentados no decorrer dos anos conseguiu votos suficientes sequer para ir a um segundo turno.

Opositores

A Assembleia Legislativa do Ceará possui nove deputados estaduais que fazem parte da oposição ao atual Governo. No entanto, alguns desses parlamentares estão filiados a partidos aliados do governador Camilo Santana. O mesmo ocorre na bancada cearense na Câmara Federal com cinco deputados federais opositores.

Atualmente, os principais partidos que fazem oposição ao Governo do Estado são: PSL, PROS, Republicanos e Podemos mais à Direita, e PSOL à esquerda.